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América Latina

Opositores protestam contra a fome em várias cidades da Venezuela

3 jun 2017 - 14h02
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Milhares de opositores venezuelanos protestam neste sábado em Caracas e em várias cidades do interior "contra a fome", no 64º dia da atual onda de manifestações antigovernamentais que já deixou 63 mortos e mais de mil feridos.

Convocados pela coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), centenas de manifestantes se concentram junto a deputados e dirigentes antichavistas na urbanização de Montalbán, na capital venezuelana, para marchar até a paróquia de El Valle.

Esta mobilização, diferente da maioria das que estão sendo realizadas em Caracas desde o último dia 1º de abril, pretende transitar apenas pelo oeste da capital, um território considerado um bastião do chavismo e governado pelo governista Jorge Rodríguez.

Os manifestantes participam desta mobilização em sua maioria vestidos de branco, levando bandeiras nacionais e panelas vazias em sinal de protesto perante a escassez de alimentos que assola a nação desde há mais de um ano. Um grupo de opositores levava um cartaz que dizia: "Só o governo engorda".

Além disso, centenas de opositores marcham em várias cidades do interior sob a mesma consigna e após terem sido também convocados pela MUD.

O ex-presidente do parlamento, Henry Ramos Allup, mostrou ao vivo através do Periscope a mobilização que ele lidera hoje no estado de Yaracuy, junto a dezenas de simpatizantes.

Por sua parte, o presidente da Comissão de Política Exterior do parlamento, Luis Florido, fez o mesmo no estado de Portuguesa.

Através do Twitter a coalizão opositora divulgou vídeos e fotografias que dão conta de protestos similares nos estados de Zulia, Táchira e Trujillo, situados no oeste do país, bem como na região de Nueva Esparta, no nordeste.

O governador do estado de Miranda e líder opositor, Henrique Capriles, explicou nesta sexta-feira que esta mobilização também é contra a intenção do chefe de Estado, Nicolás Maduro, de mudar a Constituição mediante uma Assembleia Nacional Constituinte.

Isto, na opinião de Capriles, "é uma fraude madurista que só vai trazer aos venezuelanos é mais fome e pobreza".

EFE   
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