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Morte de Hugo Chávez

Morales diz estar "quase convencido" que Chávez foi envenenado

9 mar 2013 - 12h22
(atualizado às 13h57)
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<p>Morales e Maduro, durante do cortejo fúnebre de Chávez em Caracas</p>
Morales e Maduro, durante do cortejo fúnebre de Chávez em Caracas
Foto: Reprodução

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou neste sábado que está "quase convencido" que Hugo Chávez morreu após ser envenenado pelo "império" porque não pôde derrotá-lo nem com um golpe de Estado.

"Nossos irmãos como (Nicolás) Maduro e outras autoridades da Venezuela vão fazer uma profunda investigação, mas estou quase convencido que foi um envenenamento ao companheiro Chávez", disse Morales em discurso no Palácio do Governo de La Paz.

Maduro, que jurou ontem à noite seu cargo como presidente interino da Venezuela, antecipou há poucos dias que chegará o momento de formar uma "comissão científica" para investigar um suposto ataque dirigido à saúde do ex-presidente venezuelano. O governo de Caracas suspeita que os "inimigos históricos" de Chávez lhe inocularam o câncer que causou sua morte.

O presidente boliviano destacou que o "império" tem todos os "instrumentos para planejar ações para derrotar os governos, líderes e movimentos sociais que estão contra o capitalismo", mas, quando não pode vencê-los "assume a tarefa de acabar com a vida de um líder". Citou ainda os casos do histórico líder palestino Yasser Arafat e de Simón Bolívar como dois casos suspeitos de envenenamento.

Morales, que retornou ontem à noite a La Paz após três dias no funeral de Chávez na Venezuela, afirmou que este era "um militar fisicamente preparado", de 58 anos, muito protegido por sua segurança. Morales sustentou, além disso, que o "irmão líder" Chávez era uma fonte inspiração política e o fez perder o medo para enfrentar o "imperialismo" ao transmitir "muita força para dizer a verdade".

Ele insistiu que o "império", quando fracassa com os golpes de Estado, também promove conflitos internos ou entre países para justificar as intervenções militares das Nações Unidas, a pedido de países que querem saquear recursos naturais.

EFE   
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