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Morte de Hugo Chávez

Em discurso emocionado, Maduro diz: "missão cumprida, comandante"

Mais de 30 líderes internacionais participaram da despedida a Hugo Chávez

8 mar 2013 - 13h44
(atualizado às 17h46)
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Maduro discursa durante a cerimônia oficial do funeral de Chávez: emoção na despedida
Maduro discursa durante a cerimônia oficial do funeral de Chávez: emoção na despedida
Foto: EFE

A Venezuela realizou no início da tarde desta sexta-feira o funeral de Estado do presidente Hugo Chávez, que faleceu na última terça-feira vítima de ataque cardíaco. Em um discurso emocionado, o presidente interino Nicolás Maduro chorou ao dizer que Chávez foi a personalidade política mais atacada da história de seu país, mas que triunfou sobre o ódio.

Em meio a lágrimas, ele afirmou que "jamais na história da nossa pátria se mentiu tanto sobre um homem, nem aqui nem no mundo". "Mas, nem as mentiras, nem o ódio puderam com Chávez. Seu escudo de pureza lhe protegeu do ódio", acrescentou.

Mais calmo, Maduro seguiu seu discurso falando do papel de Chávez na história venezuelana, saudando suas conquistas. "Chávez nos fez redescobrir a história de nossa pátria", disse. Durante uma longa fala, ele saudou a nacionalização de petróleo, as conquistas sociais e o apoio popular ao regime. "O testamento de Chávez é o povo".

Maduro encerrou o discurso com uma saudação emocionada ao ex- presidente. "Missão cumprida comandante. Viva Chávez, viva o nosso povo. Chávez vive. A luta continua. Até a vitória sempre, comandante".

O ato começou com a apresentação dos chefes de Estado na Academia Militar de Caracas, situada no Forte Tiuna, e na presença de familiares do presidente e integrantes do governo sentados em frente ao caixão envolvido com a bandeira venezuelano e onde repousa o corpo de Chávez. Após a execução do hino nacional do país comandada pelo maestro Gustavo Dudamel, Maduro depositou uma réplica dourada da espada do libertador Simon Bolivar sobre o caixão do Chávez.

"Alerta, alerta que caminha a espada de Bolívar pela América Latina", lançaram os presentes, um lema histórico que os chavistas já mudaram para "Alerta, alerta, alerta que o coração de Chávez caminha pela América Latina".

Cerca de 30 líderes internacionais acompanharam o funeral, entre eles o presidente equatoriano, Rafael Correa, do Uruguai, José Mujica, da Bolívia, Evo Morales, da Colômbia, Juan Manual Santos, de Cuba, Raúl Castro, do Chile, Sebastián Piñera, do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, entre outros. A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acompanharam o velório de Chávez na quinta-feira, retornaram ao Brasil antes do evento desta sexta. 

Os líderes mundiais, começando pelos latino-americanos, se aproximaram por grupos e formaram guardas de honra em silêncio, intercaladas por aplausos. Os controversos presidentes do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, inimigo jurado das potências ocidentais, e de Bielorrússia, Alexander Lukashenko, alvo de sanções por parte dos Estados Unidos e da União Europeia, formaram juntos uma guarda. Junto ao seu filho mais novo, Lukashenko posou suas mãos sobre o caixão enquanto o iraniano o beijou. Ambos choraram.

Chefes de Estado se unem e prestam última homenagem a Chávez:
Funeral de Chávez reúne chefes de Estado em Caracas:

Após uma cerimônia religiosa e uma manifestação do reverendo americano Jesse Jackson, que pediu uma reaproximação entre seu país e a Venezuela, Maduro iniciou discurso agradecendo a presença dos chefes de Estado e das delegações internacionais presentes (54 no total) no funeral. 

Embalsamado

O corpo de Chávez será embalsamado e exibido "pela eternidade" em um museu militar - semelhante à forma como os líderes comunista Lenin, Stalin e Mao foram tratados após suas mortes.

Ele será velado por sete dias para acomodar os milhões de venezuelanos que ainda querem prestar as últimas homenagens a um homem que será lembrado como um dos líderes populistas mais controversos do mundo.

"Todas essas medidas estão sendo tomadas para que o povo possa estar com seu líder para sempre", disse o sucessor indicado por Chávez e presidente em exercício, Nicolás Maduro. Maduro será empossado como presidente interino após o funeral desta sexta-feira.

Mais de 2 milhões de pessoas já visitaram o caixão de Chávez por trás de uma corda vermelha em uma grandiosa academia militar, muitas chorando e outras saudando o corpo do presidente.

Com informações das agências internacionais

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/hugo-chavez/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/hugo-chavez/iframe.htm">veja o infográfico</a>
Fonte: Terra
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