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Morte de Hugo Chávez

Chávez entra para a lista de líderes que morreram no poder

8 mar 2013 - 01h22
(atualizado às 02h28)
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<p>Ch&aacute;vez &eacute; o terceiro presidente a morrer durante o mandato na Venezuela</p>
Chávez é o terceiro presidente a morrer durante o mandato na Venezuela
Foto: AFP

Hugo Chávez foi o último dos quase 30 presidentes que nas últimas décadas morreram por causas naturais ou em acidentes enquanto exerciam o poder.

Além de Chávez, morreram durante o mandato na Venezuela os presidentes Juan Vicente Gómez, em 1935, e Francisco Linares Alcântara, em 1878.

Na América Latina, o grande líder populista da Argentina, Juan Domingo Perón, morreu no dia 1º de julho de 1974, devido a uma parada cardíaca, poucos meses depois de ter vencido as eleições e assumido, pela terceira vez, a presidência do país.

Também de causas naturais morreu o presidente constitucional e depois ditador do Haiti, François Duvalier, em abril de 1971, após lutar durante três meses contra uma doença.

Um dos presidentes americanos mais importantes, Franklin D. Roosevelt, também morreu antes de terminar de exercer o cargo, no dia 12 de abril de 1945. Seis meses depois de ser eleito para seu quarto mandato, Roosevelt teve uma hemorragia cerebral e não resistiu.

Em 2 de abril de 1974, o presidente francês Georges Pompidou foi vencido pela doença de Waldenstrom, uma rara forma de leucemia, que o impediu de governar até o final de seu mandato, iniciado após a vitória nas eleições de 1969.

Gamal Abdel Nasser, à frente do Egito desde 1954, morreu ao sofrer um ataque cardíaco no dia 28 de setembro de 1970, horas depois de ter intermediado um diálogo pela paz entre o líder palestino Yasser Arafat e o rei Hussein da Jordânia.

Também morreram no poder o presidente turco Turgut Özal, em abril de 1993; o da Áustria Thomas Klestil, horas antes de expirar seu mandato em julho de 2004; o do Kosovo Ibrahim Rugova, em janeiro de 2006; e o presidente servo-bósnio Milan Jelic, em setembro de 2007.

Nos países com regimes autoritários ou monárquicos, é comum que os líderes não abandonem o cargo antes de morrer.

É o caso da Coreia do Norte. Kim Il Sung morreu na Presidência, em 8 de julho de 1994, após um infarto, e nomeou seu filho Kim Jong-il para suceder-lhe. Kim Jong-il governou o país até morrer, em 17 de dezembro de 2011, aos 69 anos, e passou o poder para seu filho Kim Jong-un, atual presidente norte-coreano.

O mesmo ocorreu na antiga União Soviética com dirigentes como Josef Stalin, em 1953, e Leonid Brejnev. Uma misteriosa doença, mantida em sigilo, levou à morte o marechal Josip Broz ("Tito"), líder da antiga Iugoslávia, no 4 de maio de 1980, e pôs fim à integridade territorial do país.

Vale lembrar Mao Tsé-tung, o "grande timoneiro" chinês, que governou o país de 1948 até sua morte, em setembro de 1976, aos 82 anos.

A mesma idade tinha o ditador espanhol Francisco Franco quando morreu, em 20 de novembro de 1975, após ficar quase quatro décadas no poder.

O presidente sírio Hafez al-Assad morreu em junho de 2000, após três décadas à frente do país. Então, seu filho Bashar al-Assad assumiu o cargo que se recusa a deixar apesar dos violentos conflitos internos que matou milhares desde março de 2011.

O líder palestino Yasser Arafat morreu no dia 11 de novembro de 2004, em consequência de uma doença cuja origem ainda é investigada.

Em alguns casos, as mortes foram consequência de acidentes aéreos, como a do presidente polonês Lech Kaczynski, em abril de 2010, e a do macedônio Boris Trajkovski, em fevereiro de 2004.

Jaime Roldós Aguilera, presidente equatoriano, faleceu em maio de 1981 também em um acidente aéreo, a mesma causa da morte de René Barrientos Ortuño, presidente da Bolívia que perdeu a vida em 1969.

EFE   
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