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Mundo

Greve de oposição na Venezuela paralisa parte do país

20 jul 2017 - 14h21
(atualizado às 14h47)
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Com ruas desertas e barricadas começou na quinta-feira, em várias cidades na Venezuela, uma greve de 24 horas convocada pela oposição, como forma de protesto contra a iniciativa do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de levar adiante uma Assembleia Nacional Constituinte para reescrever a Constituição do país.

Homem passa por baixo de fio usado para bloquear rua durante greve convocada em protesto contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro em Caracas
20/07/2017 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Homem passa por baixo de fio usado para bloquear rua durante greve convocada em protesto contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro em Caracas 20/07/2017 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Foto: Reuters

Impulsionados após conseguirem mais de 7,5 milhões de votos em um plebiscito não oficial contra a Constituinte, líderes da oposição deram largada a "hora zero", uma escalada dos protestos de rua que começaram em abril, nos quais morreram quase 100 pessoas.

Desde as 7h (no horário de Brasília) desta quinta-feira os críticos de Maduro chamaram milhões de pessoas para paralisar a Venezuela, incitando o já tumultuado ambiente político e social do país.

Em diferentes zonas do país foi suspenso o serviço de transporte privado, informaram testemunhas à Reuters; ao mesmo tempo que a conta oficial do metrô de Caracas no Twitter reportava "poucos usuários" no início da jornada de trabalho do país petroleiro.

Entretanto, agências bancárias e pequenos negócios em algumas zonas da capital e de outras cidades do país abriram as portas, junto com empresas estatais, enquanto motoristas prestaram serviço para cobrir a falta no transporte público.

Na capital, grupos de jovens levantavam barricadas desde o amanhecer para acompanhar o protesto de oposição. "Temos que fazer todo o esforço possível para remover o tirano", disse Miguel Díaz, de 17 anos, em uma zona no leste de Caracas, equipado com um escudo caseiro, com dizeres que pediam o fim da "ditadura".

No passado, a participação em protestos desse tipo era enfraquecida por ameaças do governo contra cerca de 3 milhões de trabalhadores de estatais e empresários, ao considerar ilegais greves que não são por motivos de trabalho, mas políticos.

Na capital, as forças de segurança arremessaram nas primeiras horas do dia gases lacrimogêneos contra alguns condomínios para dispersar vizinhos que tentavam bloquear vias.

Ativista opositor é liberado na Venezuela:
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