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América Latina

Governo ganha em nível nacional, mas perde em maior distrito da Argentina

12 ago 2013 - 00h58
(atualizado às 02h34)
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"Somos a maior força nacional e, além disso, somos governo", disse a presidente Cristina Kirchner
"Somos a maior força nacional e, além disso, somos governo", disse a presidente Cristina Kirchner
Foto: AP

O governo argentino venceu neste domingo em nível nacional nas eleições primárias prévias às legislativas do dia 27 de outubro próximo, mas obteve um segundo lugar no maior distrito eleitoral do país.

De acordo com os dados da apuração provisória, contabilizados 72,47% dos votos, na primária para deputados, o governante Frente para la Victoria (FPV) tinha 24,97% dos votos, seguida pela Frente Renovador, com 8,24%, e a Frente Progresista Cívico e Social, com o 7,59%.

Na votação de pré-candidatos para o Senado, apurados 88,34% dos votos, o FPV tinha 26,72%, seguida pela Frente Unem, com 11,86%, e pela Unión Pro, com 11,67%.

"Apesar disto ser uma eleição preliminar, estaríamos em condições de manter e inclusive aumentar a representação parlamentar da maioria da Frente para la Victoria", assegurou a presidente argentina, Cristina Kirchner, ao falar aos militantes governistas reunidos em um hotel de Buenos Aires. "Somos a maior força nacional e, além disso, somos governo", lembrou a governante.

Na província de Buenos Aires, o maior distrito eleitoral do país, com 45,03% dos votos apurados, a eleição era liderada por Sergio Massa, da opositora Frente Renovador, com 34,14% dos votos, seguido pelo governista Martín Insaurralde, que obtinha 28,21%.

"Demos o primeiro passo rumo a outubro na construção de uma nova frente política. Agradeço aos milhões de portenhos que foram votar, aos quais nos acompanharam para ser a força mas votada da província de Buenos Aires com uma diferença importante", disse Massa, ex-chefe de Gabinete do Governo de Cristina, ao comemorar seu triunfo.

Atual prefeito da cidade na província de Buenos Aires de Tigre e agora contra o Governo, Massa disse que daqui até às eleições de outubro trabalhará "a sério com base em propostas" e sem "confronto".

Ao falar da votação na província de Buenos Aires, Cristina Kirchner felicitou Insaurralde por ter conseguido uma "pré-eleição excelente", levando em conta que "há um mês e meio era mal conhecido por 20% do eleitorado".

No segundo maior distrito eleitoral do país, a província de Córdoba, se impunha na eleição primária para deputados a força local Unión por Córdoba, enquanto o FPV estava no quarto lugar.

Na província de Santa Fé, terceiro maior distrito eleitoral, vencia a Frente Progresista Cívico y Social, com o FPV no terceiro lugar.

Na capital argentina, quarto distrito eleitoral do país, a primária era vencida pela Frente Unem, com a Propuesta Republicana (Pró, governante na cidade de Buenos Aires) em segundo lugar e o FPV em terceiro.

Segundo os dados oficiais, o nível de participação foi de 76,42% em nível nacional para a primária de deputados e de 75,82% para a de senadores.

Cerca de 30,5 milhões de argentinos estavam habilitados para votar nas primárias, nas quais se definem os candidatos que poderão concorrer nas eleições legislativas do próximo dia 27 de outubro, nas quais serão renovadas 24 bancas no Senado e 127 na Câmara dos Deputados.

Um partido político poderá se apresentar para as eleições de outubro sempre que nas primárias, entre todas suas listas de pré-candidatos, obtenha pelo menos 1,5% dos votos válidos no distrito e para a categoria de cargo na qual pretenda concorrer nas eleições legislativas.

As primárias eram obrigatórias para todos os partidos ou alianças eleitorais que pretendam concorrer em outubro, ainda quando apresentaram uma única lista de pré-candidatos, que de fato foi a opção que sobressaiu na maioria das frentes eleitorais. O pleito de outubro será chave para o futuro político Cristina, reeleita em 2011 com 54% dos votos.

Muitos de seus seguidores expressaram o desejo de que a presidente aspire em 2015 a um terceiro mandato, para o qual deveria se reformar a Constituição, uma mudança que necessita do aval de maiorias especiais em um Parlamento que, justamente, mudará parte de sua composição com as eleições de outubro.

EFE   
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