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América Latina

Forças de segurança dispersam manifestação opositora em Caracas

1 mai 2017 - 17h21
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Caracas, 1 mai (EFE). - As forças de segurança venezuelana dissolveram nesta segunda-feira o protesto de milhares de opositores que tentavam chegar à sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) por uma das principais vias de Caracas.

O grupo, que se concentrou na Avenida Francisco de Miranda, foi pela Avenida Boyacá - uma autoestrada que conecta a zona oeste à zona leste da cidade - para chegar ao prédio do Supremo, no centro da capital, e nesse ponto foi recebido com gás lacrimogêneo. A Efe constatou que algumas pessoas foram atingidas pelo gás e atendidas no local, enquanto outras duas tiveram que ser retiradas dali.

A maioria dos manifestantes recuou quando viu os cordões policiais, mas um pequeno grupo começou a enfrentar os membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e da Polícia Nacional Bolivariana (PNB). O político opositor Henrique Capriles - duas vezes candidato à presidência da Venezuela -participava da manifestação e publicou um vídeo no Twitter mostrando um grupo de pessoas atendendo um manifestante caído no chão.

Mais cedo, alguns deputados da oposição disseram que as autoridades tentaram dispersar as marchas que a partir de alguns pontos oeste de Caracas tentam chegar ao prédio do Poder Eleitoral, também no centro da cidade. De acordo com o parlamentar Juan Miguel Matheus, em um desses protestos o deputado José Manuel Olivares ficou ferido na cabeça com um lata de gás lacrimogêneo.

Segundo o vice-presidente da Assembleia Nacional (AN, Parlamento), o opositor Freddy Guevara, as autoridades também tentaram acabar com mobilizações em Santa Mónica, na Avenida Victoria, Montalbán e em La O'higgins, todos no oeste da capital.

O centro de Caracas é um local onde as autoridades costumam impedir o acesso com o argumento de evitar distúrbios, como os de fevereiro de 2014, quando uma manifestação opositora chegou à sede da Promotoria e três pessoas morreram.

Além da capital do país, pelo menos 15 estados, entre eles Carabobo, Mérida e Falcón, foram palco de protestos, de acordo com a aliança antichavista Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Hoje, completa um mês desde que a oposição convocou o primeiro protesto no país após afirmar que houve um "golpe de Estado" com a publicação de duas sentenças nas quais o Supremo limitava a imunidade dos deputados e assumia as competências do parlamento. Estes protestos terminaram com 29 mortos, cerca de 500 feridos e mais de 1.000 detidos.

Milhares de chavistas também se mobilizaram nesta segunda-feira em pontos do oeste da capital da Venezuela para comemorar o Dia Internacional do Trabalhador e mostrar apoio ao presidente Nicolás Maduro.

EFE   
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