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América Latina

Ex-policial é condenado por torturar jovem argentino

Família de Luciano Ruga afirma que o adolescente sofreu assédio constante dos policiais, o que derivou depois em seu desaparecimento e morte

15 mai 2015 - 18h32
(atualizado às 22h34)
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Adolescente foi detido na periferia oeste de Buenos Aires e levado a uma unidade policial onde foi acusado de roubo
Adolescente foi detido na periferia oeste de Buenos Aires e levado a uma unidade policial onde foi acusado de roubo
Foto: Arg Noticias / Reprodução

Um ex-policial argentino foi condenado nesta sexta-feira a dez anos de prisão por torturar em 2008 em uma unidade da corporação na província de Buenos Aires Luciano Ruga, de 16 anos, que desapareceu quatro meses depois de ser detido e teve seu corpo encontrado no ano passado.

Em uma decisão unânime, o Tribunal Oral Criminal 3 do distrito de La Matanza, na província de Buenos Aires, considerou Julio Diego Torales coautor das "torturas", tal como tinha requerido o promotor em sua alegação. A sentença foi recebida com aplausos por amigos da família e defensores dos direitos humanos que aguardavam na porta do tribunal com cartazes em protesto.

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O adolescente foi detido na periferia oeste de Buenos Aires e levado a uma unidade policial onde foi acusado de roubo e ficou preso por nove horas, apesar da lei proibir manter adolescentes em dependências policiais. Quando foi liberado, denunciou ter sido torturado por Torales e outros dois policiais, que nunca foram identificados, além de ter recebido ameaças de estupro.

Ruga tinha 16 anos quando foi visto pela última vez, em 31 de janeiro de 2009, em La Matanza, quatro meses depois da detenção. Após seu desaparecimento, a família começou uma busca incessante que terminou mais de cinco anos depois, quando seu corpo foi localizado em um cemitério da cidade de Buenos Aires onde tinha sido enterrado sem identificação.

A família de Luciano Ruga afirma que o adolescente sofreu assédio constante dos policiais, o que derivou depois em seu desaparecimento e posterior morte.

De acordo com o registro, Ruga morreu no mesmo dia de seu desaparecimento após ser atropelado por um carro na Avenida General Paz, uma importante via que circunda a capital argentina, embora a família afirme que ele foi obrigado a atravessar no meio do trânsito, fora do local destinado a pedestres.

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EFE   
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