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Mundo

Papa diz que o Vaticano está aberto a mediação na Venezuela

Maduro disse que enviou a carta ao papa "para ajudar no processo de facilitar e reforçar o diálogo".

5 fev 2019 - 16h50
(atualizado às 17h09)
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O papa Francisco disse na terça-feira que o Vaticano estaria disposto a mediar a situação na Venezuela se ambos os lados pedissem, mas antes disso passos preliminares devem ser tomados para tentar aproximá-los.

Francisco, falando aos repórteres a bordo de seu avião que retornava de uma viagem a Abu Dhabi, também confirmou que o presidente venezuelano Nicolás Maduro havia escrito uma carta para ele, mas que ele ainda não a havia lido.

Maduro disse à emissora italiana Sky TG24, na segunda-feira, que enviou a carta ao papa "para ajudar no processo de facilitar e reforçar o diálogo".

Papa Francisco dá entrevista coletiva no avião papal no mês passado
27/01/2019
Alessandra Tarantino/Pool via REUTERS
Papa Francisco dá entrevista coletiva no avião papal no mês passado 27/01/2019 Alessandra Tarantino/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Questionado sobre um possível esforço de mediação direta do Vaticano, o papa disse: "Vou ler a carta e ver o que pode ser feito, mas a condição inicial é que ambos os lados a solicitem. Estamos dispostos."

Dado o fracasso das rodadas anteriores de diálogo, incluindo uma liderada pelo Vaticano, os oponentes estão desconfiados, acreditando que Maduro os usa para reprimir protestos e ganhar tempo.

Francisco acrescentou que uma mediação formal deveria ser vista como o último passo na diplomacia. Ele disse que algumas medidas preliminares devem ser tomadas primeiro pelo Vaticano e outros membros da comunidade internacional.

Ele disse que isso incluiria esforços para "tentar aproximar um lado do outro, iniciar um processo de diálogo".

O papa falou conforme importantes nações européias se unem aos Estados Unidos, reconhecendo o líder da oposição Juan Guaidó como o legítimo chefe de Estado da Venezuela, enquanto membros de um bloco regional mantém a pressão sobre Maduro.

Protestos contra governo Maduro deixam 13 mortos:
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