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América Latina

Observadores dizem que Maduro não pode ser proclamado antes de apuração

15 abr 2013 - 14h40
(atualizado às 14h59)
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Gustavo Palomares enfatizou em entrevista coletiva que o próprio Maduro aceitou que se faça a apuração
Gustavo Palomares enfatizou em entrevista coletiva que o próprio Maduro aceitou que se faça a apuração
Foto: EFE

Os observadores internacionais convidados pela oposição venezuelana para acompanhar as eleições de ontem disseram nesta segunda-feira que o candidato governista Nicolás Maduro não pode ser proclamado vencedor antes da apuração manual dos votos.

O espanhol Gustavo Palomares e o argentino Diego Sueiras, que compõem o grupo de 43 observadores convidados pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que apoiou a candidatura do líder opositor Henrique Capriles, enfatizaram em entrevista coletiva que o próprio Maduro aceitou que se faça a apuração.

Em pronunciamento aos jornalistas, Palomares destacou que "a apuração não significa pôr em dúvida o resultado" oficial que deu a Maduro 50,66% dos votos contra 49,07% de Capriles.

Após esclarecer que o grupo "não diz que foi cometida uma fraude", Palomares, do independente Instituto de Altos Estudos Europeu (IAEE), disse que também não aprova que o processo tenha se desenvolvido em condições de "limpeza completa" e que exporá seus argumentos em um relatório que anunciou para o fim do mês.

O pronunciamento do grupo aconteceu depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciasse que Maduro será proclamado hoje mesmo como vencedor das eleições, em um ato que acontecerá ao redor das 14h (15h30 de Brasília) em sua sede.

Capriles escreveu em sua conta no Twitter que enquanto não se recontem os votos, Venezuela terá um "presidente ilegítimo".

"Até que se conte cada voto, se audite tudo, há um presidente ilegítimo e assim o denunciamos ao mundo", ressaltou o político depois que, no mesmo domingo, anunciou que não reconhecerá os resultados se não houver apuração.

Sueiras, chefe da missão que enviou a Rede Latino-Americana e do Caribe para a Democracia, ressaltou, por sua vez, que a Venezuela vive "um momento crítico" e criticou especialmente que o CNE tenha anunciado o resultado a favor de Maduro como "irreversível".

EFE   
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