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América Latina

EUA consideram necessária e prudente recontagem de votos na Venezuela

15 abr 2013 - 14h28
(atualizado às 15h33)
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O governo dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira considerar "necessária" e "prudente" a recontagem dos votos das eleições gerais de ontem na Venezuela, devido ao resultado "extremamente acirrado" com a vitória de Nicolás Maduro por uma estreita margem.

"Felicitamos o povo da Venezuela por sua participação", disse também o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, na primeira reação oficial do governo americano ao resultado das eleições venezuelanas.

Em função da "apertada" vitória de Maduro, o candidato governista, com 50,66% dos votos contra 49,07% do opositor Henrique Capriles, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, foi solicitada uma "auditoria dos resultados", lembrou Carney em sua entrevista coletiva diária.

A recontagem "parece um passo importante, prudente e necessário para garantir que todos os venezuelanos confiem nos resultados", comentou o porta-voz.

"Em nossa opinião apressar uma decisão nestas circunstâncias não seria coerente com as expectativas dos venezuelanos de ter um resultado claro e democrático", acrescentou.

Maduro será proclamado hoje vencedor das eleições presidenciais na Venezuela, segundo confirmou o CNE, que ainda não se pronunciou sobre o pedido de recontagem feito pela oposição.

Carney disse também que apesar das diferenças, a Casa Branca busca dialogar com a Venezuela sobre assuntos como o combate conjunto ao narcotráfico e ao terrorismo.

As relações entre os dois países atravessam atualmente um de seus piores momentos desde que em 2010, em meio a uma troca de acusações, o embaixador dos EUA foi retirado da Venezuela e vice-versa.

Maduro comemora ao ser eleito presidente da Venezuela:

A Venezuela retirou em 2010 a permissão para que o embaixador americano permanecesse em Caracas em função de declarações polêmicas do diplomata no Senado de seu país. Já os EUA retiraram o visto do embaixador da Venezuela em Washington.

Posteriormente,as sanções do Departamento do Tesouro dos EUA à companhia petrolífera estatal venezuelana PDVSA por suas relações com o Irã causou tensão.

Também ocorreram atritos sobre a questão do consulado da Venezuela em Miami, fechado após decisão de Washington de expulsar o responsável da missão diplomática local em janeiro de 2012.

E em março deste ano o chanceler da Venezuela, Elías Jaua, anunciou a suspensão das conversas iniciadas em novembro do ano passado com os EUA para normalizar a relação bilateral.

EFE   
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