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América Latina

Chile: candidata à presidência, Bachelet promete nova Constituição

A Constituição vigente foi feita na ditadura de Augusto Pinochet (1993-1990) e referendada em polêmicas eleições em 1980

9 jun 2013 - 12h58
(atualizado às 13h55)
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Michelle Bachelet sorri para simpatizantes após ser oficialmente apresentada como pré-candidata do Partido Socialista chileno e do Partido Pela Democracia (PPD) à presidência do país, em Santiago
Michelle Bachelet sorri para simpatizantes após ser oficialmente apresentada como pré-candidata do Partido Socialista chileno e do Partido Pela Democracia (PPD) à presidência do país, em Santiago
Foto: AP

A ex-presidente e candidata socialista Michelle Bachelet se comprometeu a elaborar uma proposta para uma nova Constituição durante o primeiro ano de um eventual governo, se ganhar as próximas eleições presidenciais. "A nova Constituição será enviada no primeiro ano de governo", afirmou Bachelet em uma entrevista ao jornal El Mercurio publicada neste domingo.

Bachelet, que convocou um grupo de especialistas para elaborar uma proposta para uma nova Carta Magna, disse que "uma Constituição democrática é indispensável para este novo ciclo". A Constituição vigente hoje no Chile foi feita na ditadura de Augusto Pinochet (1993-1990) e referendada em polêmicas eleições em 1980, em que o ditador tentou validar seu regime.

Em 2005, já na fase democrática, o presidente Ricardo Lagos realizou uma reforma para eliminar os "enclaves anti-democráticos" do texto, mas as mudanças foram consideradas insuficientes por organizações de esquerda.

A candidata se comprometeu também a enviar, durante os 100 primeiros dias de seu eventual governo, os projetos de lei para uma reforma educacional e tributária, de forma que possam ser aprovados em 2015. Bachelet pretende aumentar a carga tributária para financiar uma reforma educacional que necessitará de entre 1,5% e 2% do PIB e prometeu que, com isso, garantirá educação universitária gratuita para todos em seis anos.

Bachelet enfrentará três candidatos de centro-esquerda nas próximas eleições primárias, em que é tido como certo que será escolhida candidata do bloco, enquanto na coalizão de direita, competirão os ex-ministros Pablo Longueira e Andrés Allamand.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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