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América Latina

Chavistas e opositores se manifestam na Venezuela em resposta a Constituinte

3 mai 2017 - 12h03
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Simpatizantes do governo e da oposição na Venezuela se manifestam nesta quarta-feira novamente em todo o país por conta da iniciativa do presidente Nicolás Maduro de convocar uma Assembleia Constituinte.

Às 9h (horário local, 10h em Brasília), dezenas de pessoas dos dois grupos começaram a se reunir em Caracas. Os favoráveis se concentraram na Praça Diego Ibarra, no centro da capital, para acompanhar Maduro na apresentação do decreto da convocação à Assembleia Constituinte no Conselho Nacional Eleitoral.

Na segunda-feira, ele fez um apelo ao "poder constituinte originário" para que "a classe operária" convoque uma Assembleia Nacional Constituinte, ao apontar que não existe outra alternativa e que desta forma se atingirá a paz no país e será vencido "o golpe de Estado". Este processo deve acontecer em algumas semanas, conforme disse ontem o chefe da Comissão Presidencial para a Assembleia Constituinte, Elías Jaua.

A oposição, por sua vez, convocou o público a se reunir em diversos pontos de todas as cidades do país, enquanto que em Caracas o local escolhido é a Estrada Francisco Fajardo, principal artéria viária da cidade, e o destino da mobilização será "surpresa", segundo os dirigentes. O chefe do parlamento venezuelano, o opositor Julio Borges, afirmou que a formação de uma Assembleia Constituinte representa o "aniquilamento" da democracia e insistiu na necessidade de uma rebelião popular para evitar isso.

O Metrô de Caracas informou no Twitter que as estações não estão funcionando hoje para "resguardar usuários, funcionários e instalações".

O governador e duas vezes candidato opositor à presidência da Venezuela, Henrique Capriles, manteve o chamado contra o classifica como "fraude madurista".

No último mês, foram registrados dezenas de protestos contra o governo e alguns deles descambaram para a violência. Conforme o balanço oficial, 29 pessoas morreram, cerca de 500 ficaram feridas e 1.000 foram detidas.

EFE   
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