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América Latina

Bolívia: oposição critica permissão para Morales disputar nova eleição

30 abr 2013 - 12h28
(atualizado às 12h38)
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A oposição da Bolívia criticou nesta terça-feira a decisão do Tribunal Constitucional (TC) que permite o presidente Evo Morales se candidatar à reeleição em 2014, mas anunciou sua disposição de enfrentar o governante nas urnas.

Samuel Doria Medina, líder da Unidade Nacional (UN, centro-direita), denunciou que o TC "se coloca à margem das leis permitindo uma reeleição" e lembrou que Morales em 2008 anunciou que não disputaria um novo mandato.

Ante "a proposta apresentada (..) para duas reeleições consecutivas eu rejeitei pela unidade do país", porque "eu não sou ambicioso", declarou Morales em outubro de 2008 em um ato público em La Paz.

A oposição acredita que um terceiro mandato é proibido pela Constituição, mas o TC indicou em sua decisão que não há "nenhuma contradição" com a Magna Carta. A decisão deste corpo é definitiva.

Juan del Granado, ex-aliado de Evo e líder do Movimento Sem Medo (MSM, social-democrata) considerou que esta decisão tiraria "a credibilidade do Tribunal Constitucional", mas confirmou que rivalizaria com o presidente nas urnas. "Enfrentaremos o candidato Evo Morales inconstitucional e ilegítimo, como somos, sem medo", declarou Del Granado à imprensa local.

Morales foi eleito em 2005 para o período de 2006-2011, mas interrompeu o mandato para concorrer à presidência em 2009 para o período 2010-2015, à luz da Constituição recém-aprovada, que deixou de lado a República e criou um estado plurinacional.

O debate sobre a reeleição surgiu em fevereiro passado, coincidindo com uma pesquisa do jornal Página Sete que revelou que "54% da população está de acordo com uma nova candidatura de Evo Morales."

Mas uma pesquisa feita pelo jornal El Deber, revelou neste domingo que "41% dos eleitores votariam em Evo Morales, enquanto 53% não o faria, se as eleições fossem realizadas hoje". A mesma pesquisa afirma que Doria Medina "é o mais cotado para a disputa", mas "representa apenas 17% das preferências".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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