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América Latina

Bachelet não deporá como acusada em causa sobre tsunami de 2010

10 jun 2013 - 22h37
(atualizado às 23h18)
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A ex-presidente chilena e pré-candidata às eleições Michelle Bachelet não prestará depoimento como acusada na causa sobre os erros que derivaram no fracassado alerta de tsunami de 2010, anunciou nesta segunda-feira o Ministério Público do Chile.

Segundo confirmaram à Agência Efe fontes desse organismo, a procuradoria chilena rejeitou um pedido feito por um dos advogados querelantes, Raúl Meza, que já anunciou que apelará desta decisão.

A resolução, assinada pelo procurador Luis Taipa, lembra que a ex-presidente (2006-2010) já prestou depoimento em duas ocasiões na qualidade de testemunha na investigação aberta em 2010.

Meza pretendia que Bachelet falasse como acusada baseando-se na querela que ele mesmo apresentou contra a ex-presidente por quase-delito de homicídio e negação de auxílio, que foi recebida para trâmite no último dia 16 de maio pelo juiz Ponciano Sallés.

Nesta causa estão acusadas oito pessoas, duas delas altos cargos durante o governo de Bachelet, pelos erros de coordenação que fizeram com que, no dia 27 de fevereiro de 2010, não fosse emitido um alerta de tsunami após o terremoto de 8,8 graus ocorrido naquela madrugada.

Em consequência desse tsunami, 156 pessoas morreram e 25 desapareceram, enquanto 445 ficaram feridas.

O porta-voz do comando de Bachelet, Álvaro Elizalde, disse esta tarde em entrevista coletiva que a querela contra a ex-presidente "carece de todo fundamento jurídico e se trata de uma manobra política que tem outro tipo de intenções".

Bachelet é a candidata melhor situada nas enquetes para as eleições de novembro para suceder Sebastián Piñera na presidência do Chile.

Desde que retornou ao Chile em março, após dois anos e meio em Nova York como diretora-executiva da ONU Mulheres, a ex-presidente, interpelada por este assunto, se negou a pedir perdão às vítimas e defendeu seu trabalho nas horas posteriores ao terremoto.

EFE   
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