Aluno processa universidade dos EUA após escândalo de compra de vagas
Um aluno da Universidade Georgetown cujo pai admitiu culpa após ser acusado de suborno no escândalo de compra de matrículas universitárias nos Estados Unidos processou a faculdade, nesta quarta-feira, para impedi-la de expulsá-lo ou de revogar seus créditos acadêmicos.
Adam Semprevivo, estudante de psicologia de 21 anos que acabou de concluir o primeiro ano, acusou a Georgetown de tentar puni-lo sem o devido processo legal, inclusive se recusando a permitir que ele vá para outra faculdade com seus créditos.
"Ficou bem claro, depois que Adam começou a participar da investigação, que haveria um resultado predeterminado", disse David Kenner, advogado do estudante, em uma entrevista por telefone. "Ele é um garoto sem teto no que diz respeito à universidade".
A Georgetown não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
A ação foi apresentada em um tribunal federal de Washington, D.C., oito dias depois de o pai de Semprevivo, o executivo de Los Angeles Stephen Semprevivo, se declarar culpado de conspirar para cometer fraudes no âmbito da investigação sobre a compra de vagas em universidades.
Os procuradores disseram que Stephen pagou 400 mil dólares para William "Rick" Singer, consultor da Califórnia no centro do escândalo, ajudar seu filho a entrar em Georgetown como recruta de tênis.
Cinquenta pessoas foram acusadas de irregularidades no esquema, por meio do qual pais ricos pagaram somas de cinco e seis dígitos para matricular os filhos em universidades norte-americanas de prestígio.
Stephen Semprevivo foi o terceiro pai a assumir sua culpa - a atriz Felicity Huffman fez o mesmo na segunda-feira.