PUBLICIDADE

Mundo

Alitalia será primeiro desafio do novo governo italiano

Prazo para oferta pela empresa termina em 15 de setembro

4 set 2019 - 14h29
Compartilhar
Exibir comentários

O novo governo italiano, fruto de uma aliança entre o populista Movimento 5 Estrelas (M5S) e o social-democrata Partido Democrático (PD), já terá um tema delicado para resolver logo em seus primeiros dias: a venda da Alitalia.

Avião da Alitalia no Aeroporto de Fiumicino
Avião da Alitalia no Aeroporto de Fiumicino
Foto: Ansa / Ansa - Brasil

A companhia aérea está há mais de dois anos sob intervenção do governo, e o consórcio liderado pela empresa pública Ferrovie dello Stato (FS) tem até 15 de setembro para apresentar sua oferta vinculante pelo maior grupo de aviação civil do país.

O consórcio também incluirá a companhia americana Delta Air Lines, a holding italiana Atlantia (controlada pela família Benetton) e o Ministério da Economia e das Finanças, que trocará de comando nesta quinta-feira (5).

O temor, no entanto, é que a mudança de governo paralise o processo de venda, como já aconteceu no ano passado, quando a chegada do M5S e da ultranacionalista Liga ao poder fez as tratativas voltarem ao início.

Na ocasião, o governo chefiado pelo PD negociava com empresas como a alemã Lufthansa e a britânica EasyJet, mas a aliança M5S-Liga deu novo rumo às conversas e passou a se concentrar na reestatização da companhia aérea, por meio da entrada da FS e do Ministério da Economia em seu capital - juntos, os dois entes públicos devem ficar com cerca de 50% das ações da Alitalia.

"É preciso aprovar um plano sério de retomada. Não podemos esperar mais", disse na semana passada Esterino Montino, prefeito de Fiumicino, lar do aeroporto que serve de base para a empresa. Também há rumores sobre discordâncias entre FS e Atlantia, de um lado, e a Delta, de outro, a respeito do plano industrial da companhia aérea.

A Alitalia está sob intervenção do governo devido a uma grave crise de liquidez que a deixou à beira da falência e só sobreviveu graças a um empréstimo público de 900 milhões de euros. Seus acionistas são a holding Compagnia Aerea Italiana (CAI), com 51%, e o grupo árabe Etihad Airways, com 49%.

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade