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Agência iraniana diz que sequência de erros causou queda de avião ucraniano, segundo relatório

12 jul 2020 - 16h14
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A Organização de Aviação Civil do Irã culpou um desalinhamento de um sistema de radar e a falta de comunicação entre um operador de defesa aérea e seus comandantes pela queda acidental de um avião de passageiros ucraniano em janeiro que matou as 176 pessoas que estavam a bordo.

A Guarda Revolucionária abateu o vôo da Ukraine International Airlines com um míssil terra-ar em 8 de janeiro, pouco após o avião ter decolado de Teerã, o que Teerã classificou posteriormente como um "erro desastroso" por forças que estavam em alerta máxima durante um confronto com os Estados Unidos. 

"Um erro no alinhamento do sistema de radar causou uma falha humana. Um operador esqueceu de reajustar a direção do sistema de radar após movê-lo para uma nova posição, um erro que contribuiu para a falha de interpretação dos dados do radar", disse um relatório preliminar no site da Organização de Aviação Civil (CAO).

O relatório da CAO, que foi publicado no fim do sábado, disse que a bateria de mísseis que visava o avião de passageiros havia sido realocada e "não estava orientada corretamente". 

O abate ocorreu em um momento de alta tensão entre Irã e Estados Unidos, inimigos de longa data. O Irã estava em alerta para ataques após ter disparado mísseis contra bases iraquianas que abrigavam forças norte-americanas, em retaliação à morte de seu mais poderosos comandante militar, Qassem Soleimani, em um ataque de mísseis norte-americanos em um aeroporto em Bagdá. 

"A falha ocorreu após a realocação de uma das unidades de defesa aérea de Teerã… Ela ocorreu devido a falha humana", disse o relatório da CAO, acrescentando que o avião foi detectado pelo sistema como um alvo se aproximando de Teerã.

(Texto por Parisa Hafezi)

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