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Agência europeia vai remover veto ao Boeing 737 Max

Dois acidentes com o avião paralisaram suas operações

19 jan 2021 - 10h32
(atualizado às 10h38)
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A Agência Europeia de Segurança Aérea (Easa) vai autorizar na próxima semana as empresas do setor a retomarem as operações com o Boeing 737 Max, que estão suspensas desde março de 2019 por causa de dois acidentes que mataram quase 350 pessoas.

Pátio com aviões Boeing 737 Max na sede da empresa americana em Seattle
Pátio com aviões Boeing 737 Max na sede da empresa americana em Seattle
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Em novembro passado, a aeronave já havia recebido permissão para voltar a voar nos Estados Unidos e no Brasil. "Pensamos em publicar [a autorização] na próxima semana. O 737 Max poderá voar novamente [na Europa]", disse nesta terça-feira (19) o diretor da Easa, Patrick Ky, em uma coletiva de imprensa com a mídia alemã.

Segundo ele, todos os fatores que contribuíram para os dois acidentes foram "regulamentados". As operações do Boeing 737 Max haviam sido suspensas no mundo todo devido a tragédias ocorridas em 29 de outubro de 2018, com a empresa indonésia Lion Air, e em 10 de março de 2019, com a etíope Ethiopian Airlines.

O primeiro avião caiu no Mar de Java, deixando 189 mortos, e o segundo se acidentou nos arredores da capital da Etiópia, Adis Abeba, matando 157 pessoas. Nos dois casos, a queda ocorreu poucos minutos depois da decolagem, e os pilotos chegaram a relatar problemas e pedir autorização para voltar.

Segundo relatório da Comissão de Transportes do Congresso dos EUA, as autoridades de segurança aérea e os pilotos não foram informados sobre possíveis problemas no 737 Max, que havia apresentado falhas na transmissão dos dados captados por sensores de ângulo de ataque das aeronaves.

Tanto no caso da Ethiopian como no da Lion Air, os computadores de bordo fizeram o sistema de segurança do avião forçar seu nariz para baixo logo após a decolagem, em função de alarmes falsos de estol, quando a aeronave perde sustentação.

A transcrição de um diálogo revelada pela própria Boeing mostra um funcionário dizendo a um colega que o 737 Max foi "projetado por palhaços e supervisionado por macacos".

Ansa - Brasil   
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