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África

Violência na RDC força deslocamento de 1,3 milhão de pessoas

20 jun 2017 - 11h23
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Mais de 1,3 milhão de pessoas fugiram da região congolesa de Kasai desde agosto de 2016 devido à violência, mais da metade deles crianças que em algumas ocasiões foram separadas de seus pais ou recrutadas por milícias, informou nesta terça-feira o Conselho de Refugiados Norueguês (NRC, por sua sigla em inglês).

Mais de 3,7 milhões de pessoas vivem deslocadas internamente na República Democrática do Congo, segundo dados registrados até maio, das quais 1,5 milhão se deslocaram nos últimos meses - de dezembro a maio de 2017 -, alertou a NRC em um comunicado.

Além disso, 475 mil congoleses fugiram para países vizinhos, segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), sendo que 20 mil foram para Angola, após um aumento da violência na província de Kasai, onde a milícia Kamuina Nsapu semeou terror na população.

Em maio, durante uma escalada da violência na região, 8 mil pessoas foram obrigadas a se deslocar por dia, apontou o NRC que trabalha na zona, onde presta ajuda cerca de 630 mil deslocados.

Cerca de 338 escolas na região de Kasai Central não estão em uso devido ao conflito, segundo o NRC, e 639 foram destruídas segundo dados da Missão da ONU na RDC (MONUSCO).

Em lugares como Nganza, um povoado da zona, as escolas estão ocupadas por grupos armados, denunciou a organização norueguesa.

O conflito explodiu em agosto de 2016 na região de Kasai quando o líder da milícia Kamuina Nsapu, que leva seu nome, foi morto pelo Exército e seus seguidores lutam contra o Governo para vingar a sua morte.

EFE   
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