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África

Milícia congolesa Kamuina Nsapu decapita 3 professores em Kasai Central

2 mai 2017 - 11h21
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A milícia congolesa Kamuina Nsapu decapitou três professores de educação primária e secundária em Kazumba, em Kasai Central, em uma onda de violência que começou há meses e tirou a vida de 400 civis, informou nesta terça-feira à Agência Efe o ministro de Educação, Gaston Musemena.

Os três professores de ensino foram ontem a Kafuba para supervisionar uma prova acadêmica quando os milicianos atacaram o veículo no qual se deslocavam, disse o ministro.

"Estou surpreso por este incidente tão triste. Não imaginávamos que isto pudesse acontecer depois do diálogo que foi estabelecido entre a milícia e o Governo. Os estudantes que estão nas classes esperam a prova", lamentou Musemena, que explicou que isto atrasará a realização do exame na zona.

Em julho, uma onda de violência a grande escala explodiu na província de Kasai Central e se expandiu posteriormente às vizinhas Kasai e Kasai Oriental, quando o Governo não reconheceu a autoridade do líder da região, Kamuina Nsapu.

Em agosto, Kamuina Nsapu morreu pelas mãos do Exército, e perante a recusa de devolver o corpo de seu líder, seus seguidores começaram a atacar civis, militares e instituições estatais.

O Governo devolveu, em abril, o corpo de Nsapu a sua família, que o enterrou e nomeou seu sucessor, Kabeya Jacques Ntumba Mupala, em uma tentativa de frear esta onda de violência. No entanto, o episódio de ontem demonstra que a milícia continua agindo.

Pelo menos 400 civis morreram desde agosto e cerca de 434 mil pessoas tiveram que fugir de seus lares por estes enfrentamentos violentos, segundo dados do Escritório da ONU para os Direitos Humanos no RDC.

No final de março, os corpos sem vida de dois especialistas da ONU, a sueca de origem chilena Zaida Catalán e o americano Michael Sharp, foram achados na província de Kasai Central após permanecer vários dias desaparecidos.

EFE   
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