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África

Egito: ONU alerta para o risco de represálias anticristãs

15 ago 2013 - 15h52
(atualizado às 17h07)
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O assessor especial do secretário-geral da ONU para prevenção de genocídios denunciou nesta quinta-feira a violenta repressão das manifestantes pró-Mursi no Egito e alertou para o risco de represálias contra os cristãos.

O assessor de Ban Ki-moon, Adama Dieng, junto com a assessora para a Responsibilidade de Proteção, Jennifer Welsh, deploraram o grande número de perdas humanas e expressaram sua preocupação ante a contínua escalada da violência no Egito.

Os dois afirmaram ainda acompanhar com preocupação que certo número de igrejas e instituições cristãs foram atacadas depois dos incidentes no Cairo.

Também pediram que todos os egípcios evitem o uso da violência para expressar suas reivindicações, em particular os ataques contra as minorias e instituições religiosas.

Neste sentido, pediram às autoridades egípcias que investiguem rápida e eficientemente as circunstâncias dos trágicos episódios de quarta-feira e os ataques contra minorias religiosas.

A Alta Comissária das Nações Unidas encarregada dos Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu nesta quinta-feira uma investigação sobre a atuação das forças de segurança no Egito, nos confrontos de quarta-feira que causaram a morte de mais de 500 pessoas.

Em um comunicado publicado em Genebra, Pillay declarou que "é preciso fazer uma investigação independente, imparcial, efetiva e concreta sobre a atuação das forças de segurança e todos que sejam reconhecidos culpados terão de responder".

Pelo menos 571 pessoas morreram na quarta-feira na violenta repressão das manifestações dos partidários do presidente destituído Mohamed Mursi, segundo o ministério egípcio da Saúde.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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