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África

Centenas de milhares de pessoas apoiam novo líder da oposição queniana

27 abr 2017 - 14h57
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A principal aliança da oposição no Quênia anunciou nesta quinta-feira, em um gigantesco comício em Nairóbi, que o ex-primeiro-ministro, Raila Odinga, competirá nas eleições de 8 de agosto contra o atual presidente, Uhuru Kenyatta, que tentará a reeleição.

Centenas de milhares de pessoas expressaram seu apoio à Super Aliança Nacional (NASA, na sigla em inglês), que fez a esperada nomeação no parque Uhuru da capital, onde exigiram também eleições limpas e justas, segundo a imprensa local.

Odinga, que concorrerá pela quarta vez à presidência, é um veterano político de 72 anos que a partir de hoje encabeçará uma aliança opositora de cinco partidos para competir contra o atual presidente.

O candidato opositor, que lidera o Movimento Democrático Laranja, foi primeiro-ministro entre 2008 e 2013, e titular das pastas de Energia, em 2001 e 2002, e de Estradas, Obras Públicas e Moradia, entre 2003 e 2005.

Além disso, a coligação opositora anunciou que Kalonzo Musyoka será seu candidato para a vice-presidência do país africano.

O Quênia está realizando eleições primárias por meio de um caótico processo no qual são eleitos os líderes que representarão os diferentes partidos políticos nos 47 condados do país e que deixou ontem um morto em Nairóbi devido a confrontos, segundo fontes policiais.

Tanto as primárias da oposição como as do partido governante, que começaram na semana passada, estão deixando cenas de caos e acusações de manipulação.

O partido de Kenyatta, o Jubilee, teve que adiar o início de suas votações devido à escassez de material de votação.

O governo do Quênia anunciou nesta semana "medidas decisivas" para frear os atos violentos durante as eleições primárias no país, que em 2007 sofreu uma grave onda de violência pós-eleitoral que deixou um saldo de mais de mil mortos.

O ministro do Interior, Joseph Nkaissery, informou que a polícia deteve 17 pessoas pelos distúrbios registrados no último final de semana e que um candidato ao parlamento e três de seus partidários foram detidos por posse ilegal de armas no condado de Nakuru.

Além disso, Nkaissery pediu aos quenianos que evitem a violência e que mantenham um "ambiente pacífico" durante o processo eleitoral.

Nas eleições gerais do próximo dia 8 de agosto, os quenianos elegerão presidente e vice-presidente, os membros do parlamento e os integrantes do governo descentralizado, que representarão os 47 condados do país.

A Assembleia Nacional é composta por 337 cadeiras e o Senado por 67, e em ambas são reservadas cotas para as mulheres, que até agora não gozaram de muita representatividade.

EFE   
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