PUBLICIDADE

Mundo

África do Sul: onda de violência deixa 1 morto e 70 detidos

A violência começou na segunda-feira depois que um comerciante paquistanês matou com um disparo um adolescente sul-africano de 14 anos

22 jan 2015 - 11h44
(atualizado às 13h49)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>A viol&ecirc;ncia come&ccedil;ou na segunda-feira depois que um comerciante paquistan&ecirc;s matou com um disparo um adolescente sul-africano de 14 anos</p>
A violência começou na segunda-feira depois que um comerciante paquistanês matou com um disparo um adolescente sul-africano de 14 anos
Foto: Chip Somodevilla / Getty Images

Uma pessoa morreu e cerca de 70 foram detidas na onda de violência xenófoba vivida pelo antigo gueto negro de Soweto (Johanesburgo) desde a última segunda-feira.

Nesta semana uma onde de saques atingiu de negócios geridos por estrangeiros, após a morte de um adolescente sul-africano pelas mãos de um merceeiro paquistanês.

A polícia informou que a vítima morreu após levar um tiro na noite de quarta-feira (21), enquanto a imprensa local apontou como suposto responsável do crime um merceeiro da Somália que abriu fogo em defesa própria.

Relatos indicam que uma loja, propriedade de imigrantes somalis foi incendiada na quarta-feira, quando aconteciam diversos atos de pilhagens em comércios de pessoas de origem estrangeira, que tiveram que fugir da área diante da ameaça das pessoas revoltadas.

A violência começou na segunda-feira depois que um comerciante paquistanês matou com um disparo um adolescente sul-africano de 14 anos, que supostamente tinha apedrejado e tentado saquear a loja junto com outros moradores.

Desde então, 81 lojas foram saqueadas e a Polícia deteve cerca de 70 pessoas, entre as quais figuram comerciantes estrangeiros que tinham em seu poder armas de fogo ilegais e documentos de identidade falsos, assim como dezenas de moradores de Soweto (a maior township da África do Sul) que atacaram propriedades de imigrantes.

Atos de xenofobia

Os atos de pilhagem e violência contra donos de lojas estrangeiros continuam hoje e a Polícia utilizou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dissolver os arruaceiros. Imigrantes de países como Somália, Etiópia e Paquistão são donos de boa parte dos negócios que operam nas townships (antigos guetos negros) sul-africanos.

Acusados frequentemente de tirar o trabalho dos locais e de não ter documentos, os estrangeiros são vítimas frequentes de pilhagens e ataques xenófobos.

O pior episódio de violência contra estrangeiros que a África do Sul viveu em sua história recente ocorreu em 2008, quando mais de 50 pessoas, em sua maioria imigrantes, foram assassinadas em incidentes xenófobos.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade