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Advogado de Trump invocará direitos da 5ª emenda em processo aberto por atriz pornô

26 abr 2018 - 08h12
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O advogado Michael Cohen, que defende o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quarta-feira que invocará seu direito constitucional de evitar a autoincriminação em uma ação civil apresentada pela atriz pornô Stormy Daniels, que alega ter tido um relacionamento com Trump.

Advogado Michael Cohen, que defende o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump 16/04/2018 REUTERS/Lucas Jackson
Advogado Michael Cohen, que defende o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump 16/04/2018 REUTERS/Lucas Jackson
Foto: Reuters

Em documentos apresentados a um tribunal federal de Los Angeles, Cohen disse ter tomado tal decisão depois que o FBI fez buscas em sua casa, seu escritório e seu quarto de hotel duas semanas atrás.

"Baseado em um aconselhamento legal, afirmarei meus direitos de convocar a 5ª emenda em relação a todas as ações legais deste caso devido à investigação criminal em andamento do FBI e do secretário de Justiça dos EUA no Distrito Sul de Nova York", escreveu Cohen nos documentos.

A 5ª Emenda da Constituição dos EUA afirma que nenhum indivíduo pode ser "compelido a ser testemunha contra si mesmo em nenhum caso criminal".

Ao invocar tal direito, Cohen pode evitar revelar informações da ação civil de Stormy que poderiam ajudar investigadores federais no inquérito criminal que analisa suas transações comerciais.

No mês passado, a atriz pornô, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, processou Trump e Cohen em busca de anular um acordo de sigilo relacionado a um pagamento de 130 mil dólares que ela recebeu de Cohen antes da eleição de 2016 para silenciar a respeito da suposta noite que passou com o presidente uma década antes.

A investigação sobre as transações comerciais de Cohen, e as buscas realizadas pela Polícia Federal dos EUA em seu escritório que revelaram informações referentes ao pagamento de 130 mil dólares, tiveram início graças a uma indicação do procurador especial Robert Mueller, que está investigando a suposta interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016 e um possível conluio de Moscou com a campanha de Trump.

A Rússia nega ter interferido na votação, e Trump refutou qualquer conluio.

Os advogados de Cohen e Trump pediram que o processo de Stormy seja suspenso por 90 dias. Em uma audiência ocorrida na semana passada, o juiz James Otero disse que precisa de mais tempo para analisar o pedido de suspensão.

Trump negou ter tido um caso com Stormy ou qualquer conhecimento do pagamento.

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