Advogado de Trump defende encontro de Donald Jr., diz que Serviço Secreto permitiu
Um dos advogados pessoais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu um encontro que o filho do presidente teve com cidadãos russos durante a campanha eleitoral de 2016, sugerindo que o fato de o Serviço Secreto ter permitido a reunião mostra que ela não foi "nefasta".
"Bem, me pergunto por que o Serviço Secreto, se isto era nefasto, por que o Serviço Secreto permitiu essas pessoas. O presidente tinha proteção do Serviço Secreto àquela altura, e isso gerou uma dúvida em mim", disse neste domingo Jay Sekulow, membro da equipe legal de Trump, ao programa "This Week", da emissora ABC.
Em resposta enviada por email a perguntas feitas sobre os comentários de Sekulow, o porta-voz do Serviço Secreto Mason Brayman disse que Trump Jr. não estava sob proteção do Serviço Secreto na época do encontro, realizado em junho de 2016 e que também teve a participação de dois assessores de alto escalão de Trump.
"Donald Trump Jr. não era protegido do Serviço Secreto dos Estados Unidos em junho de 2016. Portanto, não checamos qualquer um com quem ele tenha se encontrado naquela época", afirma a declaração enviada por email.
Donald Trump Jr., um dos filhos de Trump, admitiu ter se encontrado com uma advogada russa em Nova York durante a campanha presidencial de 2016 depois de ouvir que ela poderia ter informações prejudiciais contra a rival de seu pai, a democrata Hillary Clinton.
De acordo com emails divulgados por Trump Jr. na semana passada, ele concordou em encontrar a mulher, que lhe foi dito ser uma advogada do governo russo. A mulher, Natalia Veselnitskaya, afirma ser uma advogada particular e nega laços com o Kremlin.
Na sexta-feira a emissora NBC afirmou que um lobista, que já foi um oficial de contra-inteligência soviético, participou do encontro, que também teve as presenças do genro de Trump, Jared Kushner, e do então chefe de campanha de Trump, Paul Manafort.
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