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Mundo

1ª noite de convenção republicana é marcada por ataques a Biden

Filho de presidente e casal que apontou armas em protesto falara

25 ago 2020 - 07h46
(atualizado às 08h01)
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A primeira noite da convenção republicana, realizada na noite desta segunda-feira (24), foi marcada por discursos conservadores, ataques aos democratas e a Joe Biden e a defesa da "lei e da ordem".

Após os discursos de Donald Trump, oficialmente nomeado para concorrer à reeleição, e de seu vice, Mike Pence, o evento seguiu uma linha dura, que pouco ampliou a base de apoiadores do mandatário e alertou para o "filme de terror" que seria a vitória do democrata nas "mais importantes eleições desde 1860".

Entre os discursos mais apaixonados, estava o de Donald Trump Jr, que falou bastante sobre os atos antirracistas que vem ocorrendo nos Estados Unidos desde a morte de George Floyd por um policial branco, Derek Chauvin, em 25 de maio.

"O que aconteceu com George Floyd é uma vergonha. E se você conhece um policial, você sabe que ele concorda com isso também. Precisamos por fim ao racismo, mas nossos policiais são heróis", disse durante sua fala.

Trump Jr. também defendeu a ação do pai no combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e disse que a economia está voltando a crescer. Os EUA são o país do mundo com a maior quantidade de casos e mortes pela Covid-19.

Quem também fez ataques aos democratas foi a conselheira sênior da campanha e namorada de Trump Jr, Kimberly Guilfoyle, que ressaltou que as eleições de 3 de novembro são "uma batalha pela alma dos EUA" e que Biden "e o resto dos socialistas mudarão fundamentalmente este país".

No entanto, apesar do discurso de diversos políticos dizendo que os EUA "não são uma nação racista", duas das pessoas que apareceram em vídeos durante o evento foram Mark e Patricia McCloskey, que ficaram mundialmente famosos por apontarem armas contra manifestantes pacíficos que passavam em frente a sua residência em St. Louis durante um ato do "Vidas Negras Importam". Os dois são alvos de um processo por uso ilegal de arma de fogo naquele momento.

Também destoou do discurso antirracista o fato de que o público mostrado durante a convenção, que é realizada de maneira virtual por conta da Covid-19 era formado, praticamente, apenas por brancos.

Quem teve destaque no evento foi a embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, que afirmou que Trump merece outros quatro anos "porque coloca sempre os Estados Unidos em primeiro lugar", o que não foi feito por Barack Obama e seu então vice-presidente, Biden.

"A administração Biden e [Kamala] Harris será muito pior que aquela Obama-Biden", acrescentou ainda.

O primeiro dia da convenção, diferentemente do que ocorreu com os democratas, foi focado em políticos e discursos mais alinhados ao perfil de Trump - não contando com expoentes históricos do Partido Republicano.

Já nessa segunda noite, o discurso mais esperado será o da primeira-dama, Melania Trump.

- Cohen aparece em comercial: No mesmo dia em que começou a convenção dos republicanos, uma figura importante da campanha de quatro anos atrás foi estrela de um comercial bancado por membros do partido que não concordam com a política do atual presidente: o ex-advogado do magnata Michael Cohen.

Divulgado durante a noite de ontem em diversas emissoras norte-americanas, a propaganda dizia que Trump "mentiu" e "irá mentir" para o povo.

"Eu era o braço direito de Donald Trump, o consertador. Era cúmplice em esconder o verdadeiro Donald Trump. Contribui para criar a ilusão de Trump. Mais adiante, durante essa semana, ele se apresentará perante vocês e mentirá. Estou aqui para dizer que não acreditem nele", diz Cohen. .

Ansa - Brasil   
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