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Ministro anuncia subsecretaria para criar colégios militares

Ricardo Vélez Rodrigues criticou ainda uma suposta 'ideologia marxista' no ensino brasileiro

1 jan 2019 - 15h11
(atualizado às 15h20)
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O novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues, afirmou nesta terça-feira, 1º, que haverá uma subsecretaria na pasta para tratar da transformação de escolas municipais em colégios cívico-militares. A ideia faz parte de uma das promessas de campanha do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Segundo Vélez, já foram feitos levantamentos pela equipe de transição que mostram que a medida é viável economicamente.

Vélez Rodrigues falou com a imprensa ao chegar ao Palácio do Planalto, onde o presidente eleito, Jair Bolsonaro, receberá a faixa presidencial e assinará termo de posse de seus 22 ministros. O futuro ministro da Educação chegou mais cedo e foi o primeiro integrante da equipe a aparecer. Antes de se encaminhar ao Planalto, Bolsonaro será empossado como Presidente da República no Congresso Nacional.

"Vai haver no Ministério da Educação uma área que cuide disso, uma subsecretaria para tratar de iniciativas cívico-militares para colégios municipais que queiram participar", disse Vélez Rodrigues ao ser questionado sobre a promessa de Bolsonaro de difundir as escolas militares pelo País. Em seu programa de governo, o presidente eleito previu a presença de pelo menos um colégio militar em todas as capitais até 2020.

Ricardo Velez Rodriguez, novo ministro da Educação
Ricardo Velez Rodriguez, novo ministro da Educação
Foto: Reprodução

"Acho que os colégios militares hoje no Brasil representam um modelo que dá certo, que tem disciplina, que tem bom desempenho nos índices de valorização de evolução. Então, esse modelo de colégios militares ou colégios cívico-militares, que existem em alguns lugares, é bom. As crianças gostam, as famílias gostam. Por que não apoiar isso se está dando certo?", questionou.

Vélez Rodrigues assegurou que a ideia "não é coisa que saia muito caro", pois já há modelos em desenvolvimento no país que "partem de colégios já estabelecidos que pedem uma ajuda para a gestão cívico-militar". "Não é uma coisa que saia caro demais, não. E traz como benefício a disciplina, a possibilidade de crianças terem orientação de educação para cidadania que é muito importante. Não vejo como negativo isso", disse. Ele também negou que o modelo represente a militarização das escolas, alegando que seria uma forma de "racionalização".

'Ideologia' nas escolas

Vélez Rodrigues declarou, ainda, que "há presença de ideologia marxista na gestão das entidades educacionais" e que "isso não é bom". Esta semana, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou que vai combater o "lixo marxista" nas escolas para melhorar a educação. "As escolas devem ter gestão pluralista. A Constituição é clara. A educação não pode ser submetida a um credo", concordou.

"A melhor coisa para evitar extremismos ideológicos é elevar o nível do nosso ensino básico e fundamental. Na medida que isso se elevar, desaparecem os fantasmas. A elevação do nível do ensino é a melhor coisa", disse.

Questionado sobre a proposta da cobrança de mensalidade nas universidades públicas, Vélez disse que o modelo pode ser adotado por porcentuais de faixa de renda, como ocorre na Colômbia. "Mas não é uma coisa que vá cair como um raio do céu", afirmou Vélez, que é colombiano. "Tudo isso precisa ser muito discutido."

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