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Ministro da Economia do Reino Unido planeja dobrar crescimento após o Brexit, diz Financial Times

18 jan 2020 - 14h56
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O ministro da Economia, Sajid Javid, planeja dobrar a taxa de crescimento econômico do Reino Unido, depois que o país deixar a União Europeia, mas não defenderá grandes setores manufatureiros que desejarem seguir as regras do bloco.

Ministro das Finanças do Reino Unido, Sajid Javid
15/01/2020
REUTERS/Simon Dawson
Ministro das Finanças do Reino Unido, Sajid Javid 15/01/2020 REUTERS/Simon Dawson
Foto: Reuters

Em entrevista ao Financial Times antes de viajar para encontrar líderes empresariais em Davos, Suíça, Javid afirmou que o Reino Unido não se comprometerá a seguir regras da UE em discussões comerciais depois do Brexit.

"Não haverá alinhamento, não obedeceremos regras, não estaremos no mercado único e não estaremos na união aduaneira - e faremos tudo isso antes do fim do ano", disse.

A Câmara de Comércio do Reino Unido (BCC, sigla em inglês), disse que empresas queriam ser pragmáticas em relação a esta abordagem ao Brexit, mas acrescentou que o governo precisa esclarecer seus planos.

"Incerteza em torno da extensão das divergências gera o risco de empresas transferirem sua produção para outros lugares", disse a diretora co-executiva da BCC, Claire Walker.

O Partido Trabalhista, de oposição, afirmou que os planos de Javid representam uma ideologia de direita que substitui o senso comum, e que empregos na indústria de motores e manufatura seriam ameaçados.

O primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que não haveria extensão na janela de 11 meses na qual ele espera negociar um acordo de longo prazo com a UE, para depois de o Reino Unido sair, em 31 de janeiro, apesar de o bloco dizer que isso seria irreal.

O Financial Times informou que Javid quer aumentar as taxas de crescimento econômico anual para 2,75%, percentual observado na segunda metade do século XX, através de um maior investimento em treinamento de habilidades e infraestrutura física.

A economia britânica provavelmente cresceu cerca de 1,3% no ano passado, e o Banco da Inglaterra estima que lutará para crescer muito mais rápido a longo prazo devido à redução da imigração e maior atrito comercial após o Brexit.

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