Médicos de Canoas mantêm restrição de atendimentos devido a atrasos salariais
Apesar do compromisso assumido pela prefeitura, o Simers segue cobrando garantias formais para assegurar o pagamento aos profissionais
O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) informou que os médicos sem vínculo empregatício que atuam nos hospitais Universitário (HU) e de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) seguem com restrição e suspensão dos atendimentos eletivos. A decisão se mantém até que a gestão municipal quite os valores devidos pelos serviços prestados em novembro de 2024. Segundo o Simers, alguns profissionais ainda aguardam o pagamento de parte dos honorários referentes a outubro.
O presidente do sindicato, Marcelo Matias, destacou que os médicos esperam até quinta-feira (8) pela regularização dos pagamentos. Caso a inadimplência persista, os profissionais poderão rescindir seus contratos. Matias também criticou a falta de uma proposta formal por parte da prefeitura de Canoas. "Precisamos de uma proposta objetiva, com perspectiva de recebimento ao serviço que já foi prestado", afirmou, ressaltando que mensagens informais por celular ou WhatsApp não garantem segurança jurídica.
A prefeitura de Canoas declarou que o pagamento dos médicos contratados via Pessoa Jurídica (PJ) será feito no dia 15 de fevereiro, referente ao mês de novembro. A administração municipal também afirmou que, até 15 de março, pretende quitar os valores devidos pelo mês de dezembro. Em reunião com direções de hospitais locais, o prefeito Airton Souza enfatizou a necessidade de um esforço coletivo para reestruturar a saúde pública da cidade.
Apesar do compromisso assumido pela prefeitura, o Simers segue cobrando garantias formais para assegurar o pagamento aos profissionais. A entidade reforça que a continuidade dos atendimentos depende da regularização dos repasses, uma vez que os médicos não podem trabalhar sem a devida remuneração.