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Massacre de Orlando foi ato de terror e ódio, diz Obama

12 jun 2016 - 16h16
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Presidente afirma que maior massacre a tiros da história dos EUA é um ataque contra todos os americanos e volta tocar na questão do porte de armas, um discurso repetido em mesmo tom por Hillary Clinton.

O presidente Barack Obama classificou o massacre a tiros deste domingo (12/06) numa boate gay de Orlando – que deixou ao menos 50 mortos e é tratado como o maior da história dos Estados Unidos – como um ato de ódio e terror e um ataque contra todos os americanos.

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Armado com um rifle e uma pistola, o homem, identificado como o americano de ascendência afegã Omar Siddiqui Mateen, de 29 anos, abriu fogo na casa noturna Pulse e fez reféns por cerca de três horas, antes de ser morto pela polícia.

O incidente é investigado pelo FBI (a polícia federal americana) como um ato de terrorismo. Os primeiros detalhes sobre o atirador sugerem um homem instável, violento, homofóbico e simpatizante do "Estado Islâmico". Nenhuma ligação entre ele e o movimento extremista foi ainda comprovada.

"Nós sabemos o suficiente para dizer que foi um ato de terror e um ato de ódio", discursou Obama na Casa Branca, referindo-se ao massacre a tiros como "o mais mortal da história americana". "É uma lembrança soberana de que ataques contra qualquer americano, independentemente de raça, etnia, religião e orientação sexual, é um ataque contra todos nós."

Controle de armas

Em seu último ano com presidente, esta foi a 16ª vez que Obama se viu forçado a se pronunciar, desde que chegou à Casa Branca, sobre massacres a tiros. Ele aproveitou o discurso deste domingo para reforçar a necessidade de debate sobre o porte de armas nos EUA, instando os americanos a pensar se este é o país onde querem estar.

"O massacre nos lembra como é fácil pôr as mãos numa arma que permite a eles atirar em pessoas em escolas, cinemas e clubes noturnos", disse Obama. "E nós temos que decidir se este é o tipo de país em que queremos estar. E não fazer nada é também uma decisão."

"O lugar onde eles foram atacados é mais do que um clube noturno: é um lugar de solidariedade e empoderamento, onde pessoas se reúnem para chamar a atenção e defender seus direitos civis", continuou o presidente americano.

Os assassinatos coletivos têm alimentado as demandas por um controle maior sobre armas - o porte é protegido pela segunda emenda à Constituição. A questão já é tema da corrida presidencial à Casa Branca.

A democrata Hillary Clinton defende uma checagem mais ampla na venda de armas, e o banimento das armas de assalto. O republicano Donald Trump, por sua vez, argumenta que os controles deveriam ser melhorados, não expandidos, e diz que banir armas de assalto não seria a solução.

Em comunicado, Hillary adotou discurso similar ao de Obama: chamou o massacre de "um ato de terror" e pediu que os americanos redobrem os esforços para evitar que crimes como esse se repitam.

RPR/ots

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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