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Maia diz que medida do Facebook contra bolsonaristas foi reação ao PL das fake news

O presidente da Câmara sugeriu que aprovação no Senado teve impacto na empresa americana

9 jul 2020 - 18h38
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BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vinculou a ação do Facebook, que derrubou uma rede de contas falsas ligadas ao gabinete do presidente Jair Bolsonaro, ao projeto de lei sobre o tema, que foi aprovado pelo Senado e está em tramitação na Câmara.

"Essa é uma lei que não está nem aprovada e já deu resultados. Ontem (quarta-feira, 8), o Facebook fez uma operação. Quando a gente discute de forma correta, independentemente de se o texto é bom ou pode ser aprimorado, como é que a discussão de uma matéria que está preocupando tantos brasileiros pode dar resultados? Quando as próprias plataformas começam a ver que têm responsabilidade", disse ele em live promovida pelo BTG nesta quinta-feira, 9.

O Facebook anunciou nesta quarta-feira que derrubou uma rede de contas e perfis falsos ligados a integrantes do gabinete de Bolsonaro, a seus filhos, ao PSL e aliados. Foram identificados e removidos 35 contas, 14 páginas e 1 grupo no Facebook, além de 38 contas no Instagram.

O projeto de lei aprovado no Senado no último dia 30, com o intuito de coibir a disseminação de fake news e endurecer a punição a empresas que não coíbem essa prática em suas plataformas, deve chegar ao plenário da Câmara em agosto, após um longo debate e alterações significativas no texto.

"Esse é um debate importante e vamos continuar fazendo. Na segunda-feira, 13, a gente começa com uma reunião. Vamos trazer vários atores para discutir, com a urgência necessária, mas sem pressa", disse Maia na live.

Nesta quarta-feira a cúpula da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News comemorou a decisão do Facebook. Os parlamentares à frente da comissão afirmaram que o banimento das contas está em linha com fatos revelados pela investigação e que o caso reforça a necessidade de ter acesso ao conteúdo publicado por meio dessas contas excluídas.

Estadão
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