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Luz e TVs voltam em cidade indonésia devastada por tremor, mas destino de milhares ainda é desconhecido

4 out 2018 - 12h18
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Alguns serviços começaram a voltar ao normal nesta quinta-feira em Palu, cidade da Indonésia atingida por um terremoto e um tsunami, mas o destino de milhares de pessoas em distritos vizinhos continua desconhecido quase uma semana após o desastre.

Moradores de área atingida por terremoto em Palu, na Indonésia 04/10/2018 REUTERS/Athit Perawongmetha
Moradores de área atingida por terremoto em Palu, na Indonésia 04/10/2018 REUTERS/Athit Perawongmetha
Foto: Reuters

A pequena cidade de 370 mil habitantes se tornou o foco dos esforços de ajuda depois do tremor de magnitude 7,5 e do tsunami ocorridos na sexta-feira no litoral oeste da ilha de Sulawesi.

A ajuda internacional para os sobreviventes foi acelerada, mas estradas destruídas, deslizamentos de terra e comunicações danificadas isolaram comunidades de áreas mais remotas, o que deixa os moradores cada vez mais desesperados por necessidades básicas, já que o socorro mal tem chegado.

Até esta quinta-feira o saldo oficial de mortes era de 1.424, mas é grande o temor de que o número aumente, uma vez que a maioria dos mortos de que se tem notícia é de Palu, enquanto os números de vítimas em áreas remotas ainda são escassos ou desconhecidos. No todo, as áreas mais afetadas abrigam cerca de 1,4 milhão de pessoas.

A cidade situada 1.500 quilômetros a nordeste de Jacarta, a capital indonésia, ficou à beira do caos nesta semana, testemunhando surtos de saques, mas a recuperação ficou evidente com a volta da energia elétrica e a reabertura de algumas lojas e bancos, além da restauração do serviço de telefonia de uma grande operadora.

"A energia voltou parcialmente, as comunicações funcionam, a distribuição de água e alimento prossegue e continuará", disse o porta-voz da Agência Nacional de Mitigação de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho, em um boletim.

Filas ordeiras se formaram em postos de combustível após a chegada de suprimentos. A operadora portuária estatal Pelindo IV disse que o porto de Palu, danificado pelo terremoto e pelo tsunami, está aberto, mas um repórter da Reuters presente na cidade disse não ter visto nenhuma atividade de transporte.

Os agentes de resgate estão abrindo caminho para os distritos circundantes, cujos moradores disseram estar à caça de cocos, bananas e mandioca.

Em vilarejo, moradores de se precipitaram sobre um helicóptero da Cruz Vermelha que pousou perto da cidade de Donggala, ao noroeste de Palu, para distribuir pão e alimento, relatou um fotógrafo da Reuters.

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