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Lopez Obrador indica que pode fazer concessões para evitar ameaças de Trump

1 jun 2019 - 13h50
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O presidente do México, Andrés Manuel Lopez Obrador, indicou que seu país pode apertar os controles de imigração para tentar desarmar as ameaças do presidente americano, Donald Trump, de impor tarifas às exportações mexicanas, e disse que espera "bons resultados" das negociações marcadas para a próxima semana.

Trump afirmou na última quinta-feira que irá impor tarifas a partir do dia 10 de junho se o México não impedir o fluxo de imigração ilegal, especialmente da América Central, que cruza a fronteira entre o México e os EUA.

O ultimato atingiu os ativos financeiros mexicanos e os mercados globais, mas encontraram resistência de empresários americanos e parlamentares, preocupados com o impacto nas relações comerciais com o México, um dos principais parceiros comerciais dos EUA.

Em uma conferência de imprensa em Vera Cruz, no Golfo do México, Obrador afirmou que o México está pronto para intensificar medidas para conter a imigração para alcançar um acordo com os americanos.

"O principal é informar sobre o que já estávamos fazendo na questão da imigração e, se for necessário, reforçar as medidas sem violar os direitos humanos. Nós estamos preparados para chegar a um acordo", disse Obrador.

Uma delegação mexicana liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, irá discutir a questão com diplomatas americanos na quarta, em Washington.

A ameaça de Trump de atingir a economia mexicana é o maior teste da política externa de Obrador e um obstáculo difícil para as autoridades mexicanas, que lutam não apenas para conter a imigração ilegal como para lutar contra a violência de gangues no país.

A economia mexicana é bastante dependente das exportações para os Estados Unidos e reduziu no primeiro bimestre. Segundo o plano de Trump, as tarifas poderiam chegar a 25% este anos.

O presidente mexicano afirmou que o México não irá entrar em uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas que seu governo tem um plano para o caso de Trump decidir aplicar as tarifas, mas não deu detalhes.

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