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Líderes recusam convite para encontro com Bolsonaro

Elmar Nascimento e Arthur Lira alegaram que convite foi feito há dois meses para tratar de assuntos que estavam em voga naquela época, mas que não fariam mais sentido hoje

14 mai 2019 - 17h34
(atualizado às 18h00)
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Os líderes do DEM, Elmar Nascimento (BA), e do PP, Arthur Lira (AL), recusaram um convite feito pelo líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), para uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro que estava marcada para esta terça-feira. A agenda do presidente foi alterada e passou a registrar apenas a presença de Vitor Hugo.

De acordo com os parlamentares, o convite foi feito há dois meses para tratar de assuntos que estavam em voga naquela época, mas que não fariam mais sentido hoje. "Não vou porque não fui eu que pedi, nem marquei. Foi um oferecimento de mais de dois meses atrás do líder do governo que queria nos aproximar", disse Nascimento.

O líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento (BA)
O líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento (BA)
Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

Segundo Lira, houve um consenso entre os deputados convidados e o Planalto de que o momento é inapropriado porque poderia gerar uma confusão de que eles tratariam da MP da reforma administrativa, o que não era o objetivo inicial. "Não tem mal-estar. Sempre é um prazer e uma honra encontrar com o presidente", disse.

Para Nascimento, a manutenção do encontro nesta terça "seria extemporâneo" e poderia "ser mal interpretado diante de afirmações de vários deputados do PSL". Deputados do PSL, partido de Bolsonaro, têm criticado líderes de siglas do centro sob a alegação de que eles estariam "chantageando" o presidente ao forçar um acordo que permitiu a extinção do ministério do Desenvolvimento Regional e a recriação das pastas de Cidades e de Integração Nacional.

Líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO)
02/04/2019
REUTERS/Adriano Machado
Líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) 02/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Adriano Machado / Reuters

Outro ponto criticado por governistas é a retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do escopo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que pode voltar para a Economia. Estas mudanças foram tratadas na votação da medida provisória da reforma administrativa na comissão mista do Congresso que a analisou.

Estadão
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