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Líder sul-coreano diz que conversas entre Coreia do Norte e EUA estão "no rumo certo"

12 jul 2018 - 10h16
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O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, disse nesta quinta-feira que as críticas da Coreia do Norte aos Estados Unidos depois de conversas recentes sobre a desnuclearização são parte de sua estratégia, e que as negociações entre os dois países estão "no rumo certo".

Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, durante visita a Cingapura 12/07/2018 REUTERS/Edgar Su
Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, durante visita a Cingapura 12/07/2018 REUTERS/Edgar Su
Foto: Reuters

No sábado, Pyongyang acusou os EUA de fazerem exigências "dignas de gângsteres" nas conversas realizadas na Coreia do Norte no final da semana passada, contradizendo o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, segundo o qual os antigos inimigos fizeram progresso nas negociações.

Moon, que falou em Cingapura durante viagem oficial, disse que as conversas entre Pyongyang e Washington sobre a desnuclearização da península coreana podem enfrentar obstáculos e exigir tempo, informou seu escritório.

"Ninguém pode ficar otimista com os resultados, mas minha perspectiva cautelosa é que as negociações poderão ter sucesso se o Norte realizar uma desnuclearização completa e a comunidade internacional reunir esforços para proporcionar garantias de segurança ao Norte", disse Moon.

As críticas da Coreia do Norte são uma "estratégia" concebida para mostrar sua frustração com o que vê como uma falta de ação dos EUA em reação às medidas que adotou recentemente, disse Moon.

A Coreia do Norte convidou jornalistas estrangeiros - mas não especialistas, como prometido - para assistirem à desativação de uma instalação nuclear, e prometeu fechar um local de testes de motores de mísseis.

Os EUA e a Coreia do Sul suspenderam exercícios militares conjuntos aos quais a Coreia do Norte objetava há anos.

Pompeo também disse que os dois lados concordaram em conversar nesta quinta-feira no vilarejo intercoreano fronteiriço de Panmunjom a respeito da repatriação dos restos mortais de norte-americanos mortos na Guerra da Coreia de 1950-53.

Mas nenhum norte-coreano apareceu, relatou a agência de notícias sul-coreana Yonhap, citando uma autoridade do governo.

Moon disse que a Coreia do Norte quer que os EUA adotem ações para acabar com as relações hostis e criar confiança.

Ele afirmou ver uma grande diferença nas atitudes dos vizinhos do norte em relação às conversas - no passado o regime exigiu a suspensão de sanções e concessões econômicas primeiro, argumentou.

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