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Líder do EI reaparece em vídeo depois de cinco anos

29 abr 2019 - 18h14
(atualizado em 30/4/2019 às 04h48)
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Em gravação, Abu Bakr al-Baghdadi diz que a batalha do "Estado Islâmico" não terminou, apesar de recente derrota. Jihadista chegou a ser dado como morto em várias ocasiões.O líder do "Estado Islâmico" (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, reapareceu nesta segunda-feira (29/04) em um vídeo publicado na internet. Essas são as primeiras imagens divulgadas do jihadistas desde a proclamação do califado em Mossul, no Iraque, em meados de 2014.

Abu Bakr al-Baghdadi se autoproclamou "califa" em 2014
Abu Bakr al-Baghdadi se autoproclamou "califa" em 2014
Foto: DW / Deutsche Welle

No vídeo de 18 minutos, cuja veracidade não foi comprovada, Baghdadi aparece sentado no chão, sobre almofadas e com as pernas cruzadas, com uma longa barba e a cabeça coberta por um lenço preto, e ao seu lado é possível ver um fuzil apoiado na parede de um quarto, onde também estão outros homens não identificados.

O autoproclamado "califa" afirma que "a batalha do islã contra os cruzados é longa", apesar da derrota do grupo terrorista na Síria em março. Baghdadi se refere ao último reduto do EI na Síria, a cidade de Al Baghouz, de onde os jihadistas foram expulsos em março, o que pôs fim ao "califado" que o grupo radical proclamou em 2014 nos territórios que controlava naquele país e no Iraque.

"A batalha de Al Baghouz terminou, e nela ficou evidente a barbaridade dos cruzados contra a nação muçulmana, ao mesmo tempo em que ficou evidente a paciência e a coragem da nação muçulmana, que arrancou o coração dos cruzados", declarou Baghdadi, olhando para seus acompanhantes, e não para a câmera.

O jihadista agradeceu pelos sacrifícios de todos os "mártires" que morreram nessa e em outras batalhas, e comentou que o EI realizou um total de 92 operações em oito países, sem especificar as datas. Ele citou os atentados no Sri Lanka na Páscoa, que deixaram 253 mortos, e afirmou que o ataque foi uma resposta à perda do último reduto do EI.

Segundo Baghdadi, essas operações foram uma "vingança para os irmãos do Levante" (Oriente Médio) e "reafirmam a unidade nas fileiras dos jihadistas, sua determinação e consciência do que a luta exige e seu entendimento da realidade que vivem".

Baghdadi também deu sua "bênção" ao juramento de lealdade ao EI dos "irmãos de Mali e Burkina Faso", aos quais pediu que "intensifiquem seus ataques contra a França cruzada e seus aliados, e que vinguem seus irmãos no Iraque e no Levante".

Nas imagens, Baghdadi é visto conversando com outros supostos combatentes, cujos rostos foram ocultados e que usavam túnicas típicas de diferentes países árabes. A data e o local da gravação não foram identificados.

Esta foi a primeira vez que o líder do EI apareceu em um vídeo desde a proclamação do califado em 2014. Ele chegou a ser dado como morto em 2016 e depois em 2017. Seu paradeiro é desconhecido, especialistas de segurança disseram recentemente acreditar que ele estaria escondido em áreas remotas da Síria ou Iraque.

Depois da aparição em 2014 e dos boatos de morte, algumas mensagens de áudio do líder foram divulgadas, sendo a última em agosto de 2018.

Baghdadi nasceu em 1971, em Samarra, no norte do Iraque. Depois da invasão do país pelos Estados Unidos em 2003, ele foi detido por se unir à resistência armada. Considerado um dos terroristas mais perigosos do mundo, os EUA ofereceram 25 milhões de dólares por informações que levem à captura do jihadista.

CN/efe/lusa/rtr/afp/ap

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