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Jungmann diz que PF cumpriu a lei em momento de 'conflito de competências' no Judiciário

Demora na liberação de Lula após despachos mandando soltá-lo foram alvo de protestos dos petistas

9 jul 2018 - 11h24
(atualizado às 11h27)
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BRASÍLIA - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, defendeu nesta segunda-feira, 9, a atuação da Polícia Federal (PF) no último domingo, 8, em meio à confusão de decisões judiciais mandando soltar e manter na prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A demora na liberação de Lula após os despachos mandando soltá-lo foram alvo de protestos dos petistas.

Questionado se poderia haver algum tipo de responsabilização da PF por causa da demora em soltar o ex-presidente, o ministro foi taxativo. "A PF cumpriu estritamente a lei, num momento muito difícil, complicado, de conflito de competências, no Poder Judiciário", afirmou ele ao Estado.

O juiz de plantão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região neste fim de semana, Rogério Favreto, concedeu habeas corpus a Lula às 9h14 de ontem. Às 11h49, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) protocolou uma petição informando estar na Superintendência da PF com o alvará de soltura.

Porém, Lula não foi liberado. Às 12h05 o juiz Sergio Moro disse que Favreto não era competente para tomar tal decisão. Às 12h44, Favreto reiterou a ordem para libertar o ex-presidente. Às 14h13, o relator do caso Lula no TRF 4, João Pedro Gebran, determinou à PF que se abstivesse de liberar Lula.

Às 16h04, Favreto insistiu na concessão do habeas corpus e deu prazo de uma hora para a soltura do ex-presidente. A contra-ordem só veio às 19h30, com despacho do presidente do TRF-4, Thompson Flores.

Nos períodos em que estavam em vigor as ordens de soltura, os petistas questionaram a demora da PF em liberar o ex-presidente. Em suas redes internas de comunicação, circulou uma conversa que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) manteve com Jungmann por meio do aplicativo Whatsapp.

Estadão
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