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Julho de 2019 foi o mês mais quente da história

Agência americana aponta que entre janeiro e julho deste ano a temperatura global ficou 0,95°C acima da média do século 20

15 ago 2019 - 20h26
(atualizado às 21h27)
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O mês de julho foi o mais quente no planeta nos últimos 140 anos, informou nesta quinta-feira (15/08) a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA na sigla em inglês). Os dados da agência americana confirmam conclusões divulgadas no início do mês pelo serviço europeu Copernicus sobre mudanças climáticas, que também havia apontado julho deste ano como o mês mais quente já registrado.

Segundo os cientistas da instituição americana, durante o mês de julho a média global das temperaturas foi 0,95°C superior à média de todo o século 20, que foi de 15,77°C, o que torna julho de 2019 o mês mais quente nos registros da agência, que começaram em 1880. No relatório, a NOAA lembrou que nove dos dez meses de julho mais quentes da história foram registrados desde 2005, sendo os dos últimos cinco anos os que tiveram as maiores temperaturas.

Paris bate recorde de calor registrado em 1947.
Paris bate recorde de calor registrado em 1947.
Foto: DW / Deutsche Welle

O calor sem precedentes em julho reduziu o gelo nos Oceanos Ártico e Antártico a mínimos históricos. O gelo do Oceano Ártico atingiu uma baixa recorde em julho, ficando 19,8% abaixo da média - superando a baixa histórica anterior de julho de 2012.

A NOAA afirmou que 2019 foi o ano com maiores temperaturas até o momento em partes da América do Sul e do Norte, Ásia, Austrália e Nova Zelândia, assim como na metade meridional da África e em porções do oeste do Oceano Pacífico, do oeste do Oceano Índico e no Oceano Atlântico. O Alasca teve seu mês de julho mais quente desde que começou a manter registros em 2005.

Recordes de temperatura também foram quebrados em diversos países europeus, como a Alemanha, Bélgica ou Holanda. Em Paris, por exemplo, os termômetros marcaram 42,6°C, a temperatura mais alta já registrada na capital francesa, ultrapassando o recorde anterior de 40,4°C alcançado em 1947.

Nesse sentido, o relatório americano ressaltou que entre janeiro e julho deste ano, a temperatura global esteve 0,95 graus acima da média do século passado, que foi de 13,83 graus centígrados, empatando com 2017 como o segundo ano mais quente até o momento (2016 é considerado até hoje o ano mais quente).

As conclusões confirmaram os dados divulgados pelo Serviço de Mudança Climática Copernicus, da União Europeia, em 5 de agosto, embora a margem do novo recorde em comparação com o último, em julho de 2016, tenha sido maior de acordo com os dados dos EUA. O novo recorde é ainda mais notável porque o anterior seguiu um forte El Niño, que aumenta a temperatura média do planeta independentemente do impacto do aquecimento global.

O gelo marinho médio do Ártico, por sua vez, estabeleceu uma baixa recorde para julho, com 1,9 milhão de quilômetros quadrados, 19,8% abaixo da média, e superando o mínimo histórico anterior, de julho de 2012. O gelo marinho médio da Antártica foi de 675.000 quilômetros quadrados, 4,3% abaixo da média de 1981-2010,o menor tamanho para julho nos registros de 41 anos.

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