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Jovens de todo mundo voltam às ruas contra a mudança climática

24 set 2021 - 08h39
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Jovens de todo mundo voltaram às ruas, nesta sexta-feira, para exigir ações urgentes para evitar uma mudança climática desastrosa, no maior protesto do movimento global desde o início da pandemia de Covid-19.

Protesto contra a mudança climática em frente ao edifício do Reichstag, em Berlim
24/09/2021
REUTERS/Christian Mang
Protesto contra a mudança climática em frente ao edifício do Reichstag, em Berlim 24/09/2021 REUTERS/Christian Mang
Foto: Reuters

O ato acontece cinco semanas antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), que almeja obter ações climáticas mais ambiciosas dos líderes mundiais para reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa que aquecem o planeta.

"Todos estão falando em fazer promessas, mas ninguém mantém as promessas. Queremos mais ação", disse Farzana Faruk Jhumu, ativista do clima de 22 anos de Daca, em Bangladesh. "Queremos o trabalho, não só as promessas".

As manifestações começaram na Ásia e foram planejadas em mais de 1.500 localidades, de acordo com o movimento juvenil Fridays for Future.

Só na Alemanha, organizadores esperavam o comparecimento de centenas de milhares de jovens em mais de 400 protestos.

"Está sendo um ano e meio muito estranho com esta pandemia. Mas, é claro, a crise climática não desaparece", disse a ativista sueca Greta Thunberg.

"É o contrário: é ainda mais urgente agora do que era antes", disse Thunberg, que participará de um ato na capital alemã nesta sexta-feira.

Em agosto, um relatório histórico da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a mudança climática alertou que a atividade humana já armou transtornos climáticos para décadas, mas que ações rápidas e de larga escala para diminuir as emissões ainda poderiam conter parte dos impactos mais destrutivos.

Até agora, os governos não planejam cortar emissões em um ritmo nem sequer próximo o suficiente para isso.

Na semana passada, a ONU disse que os compromissos dos países fariam a elevação das emissões globais ficarem 16% maiores em 2030 do que eram em 2010 -- algo muito distante da redução de 45% até 2030 que é necessária para limitar o aquecimento a 1,5 grau Celsius.

A greve desta sexta-feira marca a volta dos protestos climáticos presenciais dos jovens, que em 2019 levaram mais de seis milhões de pessoas às ruas antes de a pandemia de Covid-19 praticamente impedir as reuniões em massa e levar a maior parte das ações para a internet.

Yusuf Baluch, ativista de 17 anos da província paquistanesa do Baluquistão, disse que a volta dos eventos presenciais é vital para forçar os líderes mundiais a enfrentarem a crise planetária.

"Da última vez foi digital e ninguém estava prestando atenção a nós", disse.

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