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Irã diz que calma foi restabelecida após protestos contra aumento da gasolina

19 nov 2019 - 09h51
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Os protestos desencadeados no Irã na semana passada contra o aumento no preço da gasolina diminuíram, disse um porta-voz do Judiciário nesta terça-feira, um dia depois de a Guarda Revolucionária de elite alertar para uma ação "decisiva" se as manifestações antigoverno não cessassem.

Manifestação contra aumento do preço da gasolina em Teerã
16/11/2019
Nazanin Tabatabaee/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS
Manifestação contra aumento do preço da gasolina em Teerã 16/11/2019 Nazanin Tabatabaee/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS
Foto: Reuters

Desafiando um bloqueio da internet, vídeos publicados nas redes sociais mostraram que as manifestações continuavam em várias cidades na noite de segunda-feira, assim como uma grande presença de forças de segurança nas ruas. A Reuters não conseguiu verificar estas imagens publicadas.

"A calma foi restaurada no país", disse o porta-voz do Judiciário iraniano, Gholamhossein Esmaili, em uma coletiva de imprensa.

Várias pessoas, incluindo membros das forças de segurança e da polícia, foram mortas nos protestos, que começaram na sexta-feira depois que se anunciou uma elevação de ao menos 50% no preço do combustível, e cerca de 1 mil "arruaceiros" foram presos, disseram as autoridades.

Três membros das forças de segurança foram mortos a facadas perto de Teerã, relatou a agência de notícias Isna na noite de segunda-feira.

Centenas de jovens iranianos da classe trabalhadora expressaram sua revolta com a degradação do padrão de vida, a corrupção e a disparidade crescente entre ricos e pobres. Imagens das redes sociais mostraram manifestantes queimando imagens de autoridades de alto escalão e pedindo a renúncia dos líderes clericais, além de confrontos violentos entre as forças de segurança e os manifestantes.

A televisão estatal anunciou funerais de agentes de segurança mortos nos protestos, acrescentando que "milhares de iranianos realizaram manifestações em várias cidades para rejeitar os tumultos".

Uma limitação ao acesso à internet imposta no final de semana ainda vigorava, dando a entender que os líderes clericais estão receosos de novos protestos.

No domingo, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, atribuiu os abalos no país a inimigos estrangeiros, como os Estados Unidos, acusando os manifestantes de serem "bandidos".

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