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Irã diz que apreendeu navio-tanque após colisão, Reino Unido considera decisão "ato hostil"

20 jul 2019 - 12h52
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O Reino Unido chamou de "ato hostil" a apreensão de um petroleiro britânico pelo Irã no Golfo neste sábado, rejeitando a explicação de Teerã de que apreendeu a embarcação por ela ter se envolvido em um acidente. 

A ação da Guarda Revolucionária Iraniana, que ocorreu sexta-feira na região marítima de comércio de petróleo mais importante do mundo, foi vista pelo Ocidente como a maior hostilidade em três meses de confrontos que levaram Irã e Estados Unidos à beira da guerra. 

O incidente ocorreu duas semanas após o Reino Unido apreender um petroleiro iraniano em Gibraltar, acusado de violar sanções contra a Síria, um ato que despertou muitas ameaças iranianas de retaliação. 

A secretária de defesa britânica, Penny Mordaunt, considerou o incidente um "ato hostil". O secretário de Relações Exteriores, Jeremy Hunt, disse que expressou sua extrema decepção em uma ligação telefônica ao colega iraniano, Mohammad Javad Zarif. O Reino Unido também convocou o encarregado de negócios iraniano em Londres. 

Um porta-voz da Guarda Revolucionária Iraniana, General de Brigada Ramezan Sharif, disse que Teerã havia apreendido o navio no Estreito de Ormuz apesar da "resistência e interferência" de um navio de guerra britânico que estava escoltando-o.  

A agência de notícia iraniana Fars disse que a Guarda tomou o controle do Stena Impero na sexta-feira após o navio ter colidido com um barco de pesca iraniano e ignorado seu pedido de ajuda. 

O navio, que não carregava cargas, foi levado ao porto iraniano de Bandar Abbas. Ele deverá permanecer lá, com seus 23 tripulantes - 18 deles indianos - enquanto o acidente é investigado, disseram as agências de notícias iranianas, citando o chefe dos Portos e Organização Marítima da província de Hormozgan.

A agência de notícias semioficial Tasnim postou um vídeo de um navio ancorado no mar, com o nome claramente visível. Zarif disse a Hunt que o navio deve passar por um processo legal antes de ser liberado, segundo a agência de notícias iraniana INSA. 

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