Ibama acha 50 aranhas-caranguejeiras em bagagem com roupas infantis e brinquedos
A carga com os aracnídeos estava escondida em uma bagagem vinda da Bélgica. O brasileiro responsável foi autuado e multado em R$ 12 mil, conforme estipulado pela Lei de Crimes Ambientais
O Ibama apreendeu uma carga com 50 aranhas-caranguejeiras no Centro de Triagem Internacional dos Correios, em São Paulo, na última sexta-feira (18). Os aracnídeos estavam escondidos entre roupas infantis, materiais escolares, brinquedos e alimentos de uma bagagem vinda da Bélgica.
O brasileiro responsável foi autuado e multado em R$ 12 mil, conforme estipulado pela Lei de Crimes Ambientais e o respectivo decreto que regula a importação e exportação de fauna e flora no país.
Destino das aranhas-caranguejeiras
Após a apreensão, as aranhas-caranguejeiras foram encaminhadas ao Laboratório de Coleções Zoológicas do Instituto Butantã. O instituto realiza projetos de pesquisa científica com diversas espécies e poderá incluir os animais apreendidos em novos estudos. Essa ação demonstra uma abordagem não apenas de contenção do tráfico, mas também de valorização das espécies apreendidas através da pesquisa científica.
As aranhas-caranguejeiras, assim como outros animais traficados, são frequentemente destinadas à criação doméstica ou a mercados clandestinos. O tráfico de animais é um problema global que envolve desde pequenos anfíbios a produtos como barbatanas de tubarão.
Quais São os Principais Desafios do Tráfico de Animais no Brasil?
O tráfico de animais no Brasil representa um desafio devido à sua extensão e ao impacto negativo sobre a biodiversidade. Entre as espécies mais visadas, além das aranhas, estão aves, peixes ornamentais e pequenos anfíbios. As operações do Ibama, como a Operação Hermes, já apreenderam este ano mais de 8 mil animais, além de outros produtos derivados da fauna.
Nota do Ibama
O Ibama tem reforçado a vigilância em portos, aeroportos e recintos alfandegários como parte de suas estratégias para combater o tráfico de fauna silvestre. Essas ações são acompanhadas por campanhas de conscientização para educar a sociedade sobre a importância de proteger as espécies nativas.
"Os agentes da Operação Hermes ressaltam que o transporte ilícito de espécies silvestres e exóticas tem por objetivo a criação doméstica ou a comercialização (em criadouros clandestinos). Entre os principais animais traficados ilegalmente estão invertebrados, ovos de aves e répteis, pequenos anfíbios e peixes. Produtos e subprodutos da fauna, como barbatanas de tubarão e bexigas natatórias de peixes também são de grande interesse dos traficantes", afirmou o Ibama, em nota
Ver essa foto no Instagram