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Hamas anuncia nova trégua com Israel

21 jul 2018 - 08h03
(atualizado às 08h33)
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Grupo islâmico que controla Faixa de Gaza afirma ter fechado cessar-fogo após bombardeios israelenses em retaliação à morte de um soldado na fronteira. Acordo é o segundo do tipo em apenas uma semana.O grupo islâmico Hamas anunciou na madrugada deste sábado (21/07) um novo cessar-fogo, depois que Israel iniciou uma operação militar maciça em retaliação à morte de um soldado israelense na fronteira com a Faixa de Gaza.

O governo israelense não comentou imediatamente a trégua - segundo acordo do tipo em apenas uma semana. Não foram registradas outras atividades militares em Gaza nas primeiras horas deste sábado.

O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, anunciou que o cessar-fogo foi mediado pelo Egito e pela ONU, cujo enviado especial para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, havia apelado pela redução das tensões entre Israel e o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza.

A nova escalada de violência começou na sexta-feira, quando militantes palestinos dispararam contra tropas do Exército israelense posicionadas na fronteira de Israel com Gaza, matando um soldado israelense - o primeiro a ser morto em atividade no local desde 2014, quando começou a guerra entre Israel e o Hamas, de acordo com um porta-voz militar israelense.

Quatro pessoas morreram durante os bombardeios israelenses, incluindo três militantes do braço armado do Hamas, as Brigadas al Qasam. Cerca de 120 civis palestinos teriam ficado feridos.

A aviação e tanques israelenses atingiram 60 alvos militares do Hamas. Os bombardeios destruíram cerca de 60 edifícios e infraestruturas e atingiram armazéns de armamento, de fabricação de armas, uma entrada para uma rede de túneis, um depósito de drones, salas de operações militares, instalações de treinamento e postos de observação.

O ataque contra o Exército israelense na fronteira com Gaza aconteceu durante a 17ª manifestação da série de protestos chamada de Grande Marcha do Retorno, que acontece sempre às sextas, desde 30 de março. Nela, os palestinos reivindicam o direito de retorno dos refugiados e seus descendentes às terras de onde foram expulsos ou fugiram após a criação do Estado de Israel, em 1948. Os israelenses, por sua vez, dizem que isso equivale a pedir a destruição do país.

Pelo menos 149 palestinos já foram mortos nessas manifestações na fronteira, a maioria deles, por disparos de militares israelenses. Israel garante estar defendendo sua fronteira soberana e acusa o Hamas de usar os protestos como cobertura para tentativas de atravessar a cerca e atacar civis e militares.

Em comunicado, os militares argumentaram que as atividades do Hamas "violam a soberania israelense, põem em perigo civis israelenses e sabotam os esforços humanitários de Israel que visam ajudar os civis de Gaza".

MD/efe/rtr/dpa/afp

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