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Governo dos EUA proíbe acessório de fuzil usado em massacre

18 dez 2018 - 22h08
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Dispositivo que permite que fuzis funcionem como metralhadoras foi utilizado por atirador de Las Vegas. Quem possuir acessório terá 90 dias para entregá-lo às autoridades ou destruí-lo.O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta terça-feira (18/12) que proibiu um acessório de arma de fogo usado no massacre de Las Vegas, que provocou a morte de 58 pessoas no ano passado.

A decisão também determinou que os proprietários dos chamados "bump stocks" terão 90 dias para devolver ou destruir as peças e impedindo seus usuários de registrá-las. O "bump stock" é um dispositivo que permite um fuzil disparar rajadas automáticas, de maneira semelhante a uma metralhadora. Ele foi usado nos 12 fuzis usados por Stephen Paddock, autor do ataque em Las Vegas, o mais letal na história recente dos Estados Unidos.

Normalmente o Partido Republicano de Trump é um ferrenho defensor do porte de armas, e seus membros combatem regularmente supostas ameaças à Segunda Emenda da Constituição dos EUA, que garante aos cidadãos o direito de portar armas.

Mas o governo descartou qualquer possível debate no Congresso ao emitir nesta terça-feira uma regra definitiva que acrescenta os "bump stocks" a uma definição de metralhadora escrita 80 anos atrás, durante o auge do uso dos "fuzis-metralhadoras" por gangues de gângsteres.

O regulamento do Departamento de Justiça segue o exemplo de muitos Estados e varejistas que impuseram limites mais rígidos às vendas de armas e acessórios depois de mais um massacre em uma escola secundária da Flórida em fevereiro. Depois desse massacre, onde um jovem matou 17 pessoas em 14 de fevereiro, mais de um milhão de pessoas se manifestaram para exigir uma legislação mais estrita das armas de fogo.

Após mais esse ataque, o presidente Donald Trump anunciou a sua intenção de proibir os "bumps stocks", enquanto se negava a mexer nos fuzis de assalto e outras armas semiautomáticas.

A proibição destes dispositivos "é um bom primeiro passo, mas apenas atinge a superfície das reformas que temos que alcançar para acabar com a epidemia de violência armada nos Estados Unidos", disse em um comunicado Matt Deitsch, cofundador do movimento contra as armas "Marcha pelas nossas vidas", surgido após o ataque na Flórida.

A Associação Nacional do Rifle (NRA, em inglês), o poderoso lobby que defende o porte de armas nos Estados Unidos, não se mobilizou em defesa dos "bump stocks".

A maior fabricante de "bump stocks", a empresa Slide Fire Solutions, anunciou em abril que deixaria de receber pedidos e que fecharia o seu portal na Internet.

JPS/afp/rt/lusa

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