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Geração distribuída de energia e fontes renováveis ganham força nas empresas

Seja pela diminuição de custos ou maior segurança na qualidade elétrica, as indústrias nacionais estão abrindo espaço para as novas modalidades de energia

24 mai 2022 - 17h15
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A geração distribuída e o mercado livre de energia (cenário em que os consumidores e fornecedores negociam entre si as condições de contratação da eletricidade) estão ganhando força no País. Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), atualmente, 80% da energia consumida pelas indústrias brasileiras é adquirida nesse modelo

Foto: Schneider Electric / DINO

"Preparar-se para um fornecimento de eletricidade menos centralizado e um mercado mais aberto para negociações diretas entre consumidores e fornecedores é uma tendência para todas as empresas e para os países em geral", diz Júlio Martins, vice-presidente da unidade de Power Systems da Schneider Electric no Brasil. 

Segundo o executivo, esta é a razão pela qual o mercado nacional tem se preparado para aprimorar e usufruir da melhor forma possível esses modelos de produção e consumo de eletricidade. De acordo com a Abraceel, a abertura desse mercado no Brasil tem potencial de gerar, até 2035, R$ 210 bilhões de redução nos gastos com energia - o que permitirá uma redução média na conta de luz de 15%. Além disso, vai gerar 642 mil postos de emprego e desconto médio de 27% na compra de eletricidade.

Além disso, o Ministério de Minas e Energia neste ano apontou que o Brasil alcançou 10 gigawatts (GW) de potência instalada em geração distribuída de energia elétrica. Ao todo são 922 mil unidades com micro ou minigeração distribuída, principalmente da fonte solar fotovoltaica - suficientes para abastecer aproximadamente cinco milhões de residências, ou quase 20 milhões de pessoas.

"Outro fator que vem ganhando força no segmento de energia, além da geração distribuída, é a sustentabilidade. Fontes renováveis tem sido prioridades em diferentes governos e gestões empresariais", afirma Martins. Em abril, por exemplo, a Alemanha atualizou sua política energética e, com isso, estabeleceu que 80% da eletricidade consumida no país terá que vir de fontes renováveis até 2030. Para 2035, a meta é que quase 100% da geração seja desse tipo de matriz. "Neste ano, com a situação socioeconômica da Europa fragilizada, a urgência por uma transição energética para renováveis e para uma geração cada vez mais descentralizada ganhou força." 

No Brasil, a maior parte da energia produzida é proveniente de renováveis - hidrelétricas. Entretanto, segundo o executivo, o modelo é extremamente inconstante, pois depende do nível de chuvas nas regiões dos reservatórios.

Para ele, esse problema acaba acarretando o aumento de preços e a instabilidade do fornecimento dos recursos. Exemplo disso é que, no ano passado, diante da maior crise hídrica dos últimos cem anos, o País precisou discutir o risco real de um apagão e, ainda, estabeleceu a "bandeira escassez hídrica" (R$ 14,20 a cada 100 kWh), que aumentou as tarifas na conta dos consumidores.

"Essas mudanças que vêm acontecendo nos últimos anos comprovam que esse é o caminho necessário para o desenvolvimento das operações industriais e da sociedade como um todo. Pois, ao lidar com uma questão tão importante dentro da sustentabilidade como a gestão consciente da energia, avançamos consideravelmente na jornada rumo a um futuro mais igualitário e seguro para o meio ambiente", afirma o vice-presidente da unidade de Power Systems.

Website: http://www.se.com/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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