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G7 reforça compromisso com luta contra o terrorismo

26 mai 2017 - 17h37
(atualizado às 18h16)
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Reunidos na Itália, líderes do G7 chegam a acordo para reforçar segurança cibernética e combate ao extremismo. Em primeira cúpula de Donald Trump, grupo, porém, diverge sobre questões climáticas.Reunidos na cidade siciliana de Taormina, no sul da Itália, os líderes do G7 (Itália, França, Reino Unido, Alemanha, Japão, Canadá e Estados Unidos) alcançaram nesta sexta-feira (26/05) um acordo para reforçar o combate ao terrorismo. Na primeira cúpula do grupo da qual participa o presidente americano, Donald Trump, questões climáticas foram, no entanto, motivo de divergências.

Em resposta a um pedido do Reino Unido, a declaração sobre a luta contra o terrorismo, apresentada como um compromisso após o recente atentado cometido na cidade de Manchester, no norte da Inglaterra, se concentra no controle da propagação de conteúdos extremistas na internet e no combate ao financiamento de organizações terrorista.

"O G7 apela às empresas que fornecem acesso à internet e aos responsáveis pelas redes sociais para que aumentem substancialmente seus esforços para resolver o problema dos conteúdos terroristas", destacou a declaração de três páginas.

A declaração também pede que essas companhias desenvolvam urgentemente "novas tecnologias e ferramentas para melhorar a detecção automática de conteúdo que incite a violência". Além disso, os líderes firmaram um acordo para estreitar a colaboração para administrar o "risco derivado dos combatentes estrangeiros e sua dispersão ao retornar para zonas de conflito".

O G7 expressou ainda compromisso em reforçar os esforços para "cortar canais de financiamento do terrorismo e do extremismo violento". Em outros dois pontos, os líderes reconhecem a importância de compartilhar informação entre as unidades de inteligência e da cooperação entre as autoridades competentes do setor privado.

No documento, as lideranças se comprometeram a cooperar para proteger o patrimônio cultural e lutar contra o tráfico de obras de arte roubadas, que frequentemente são usadas para financiar organizações terroristas.

Além dos líderes do G7, a declaração também foi assinada pelos presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker e Donald Tusk, respectivamente.

Conflito sobre o clima

Quanto às questões climáticas, uma das controvérsias entre os membros do G7 diz respeito à permanência dos Estados Unidos no Acordo de Paris sobre o clima. Trump já manifestou o desejo de deixar o pacto e chegou a dizer que as mudanças climáticas são uma farsa inventada pela China para enfraquecer as exportações americanas.

"Os outros participantes intercederam para que Estados Unidos mantenham seu compromisso com o acordo do clima", afirmou a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, após a reunião.

Merkel destacou que a conversa foi franca e esclareceu todas as posições. "Em algumas questões houve concordância e em outras não", disse, acrescentando que as principais divergências entre os países são em relação à proteção climática e ao comércio.

A chanceler disse, no entanto, que a conversa foi produtiva e avaliou como um sucesso o primeiro dia de reuniões da cúpula do G7, que termina neste sábado.

O primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, destacou que os parceiros dos Estados Unidos na cúpula confirmaram o "compromisso e determinação" em cumprir com o Acordo de Paris e acreditam que uma vez que os EUA resolvam suas questões internas, o país vai querer continuar no tratado.

Após o fim da reunião, o assessor econômico da Casa Branca, Gary Cohn, disse que a postura de Trump sobre o acordo do clima está evoluindo e que a proteção do meio ambiente é importante para o presidente americano.

"Trump está pensando sobre quais são suas opções. Ele está muito mais bem informado sobre o tema graças às conversas de hoje, e sua postura sobre o Acordo de Paris está evoluindo", disse o assessor à imprensa.

O Acordo de Paris, aprovado em 2015 por 196 países, inclusive os EUA, estabelece metas para a redução de emissões de gases do efeito estufa e a diminuição de uso de combustíveis fósseis. As medidas visam limitar o aquecimento global ao máximo de 2ºC acima dos níveis pré-industriais.

CN/afp/rtr/efe/lusa

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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