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Estados Unidos

Mesmo após rebaixamento, furacão Irma mantém Flórida alerta

Ciclone, que devastou ilhas caribenhas e atingiu com força estado americano, diminui de intensidade, mas ainda representa perigo nos EUA

11 set 2017 - 07h18
(atualizado às 07h43)
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Após causar enormes estragos, inundações e deixar milhões de pessoas sem energia elétrica em diversos países caribenhos e nos Estados Unidos, o furacão Irma perdeu força na madrugada desta segunda-feira (11), sendo rebaixado para tempestade de categoria 1. Mesmo assim, o ciclone continua a representar perigo enquanto avança pela costa oeste do estado americano da Flórida.

Mesmo rebaixado de nível, o furacão Irma causou estrago em cidades da Flórida com ventos de até 136 km/h na madrugada desta segunda-feira
Mesmo rebaixado de nível, o furacão Irma causou estrago em cidades da Flórida com ventos de até 136 km/h na madrugada desta segunda-feira
Foto: Getty Images

Os alertas de tempestade foram mantidos em grande parte do estado, onde mais de seis milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas antes da chegada do Irma, numa das maiores operações de evacuação da história dos Estados Unidos.

A maior velocidade dos ventos registrada durante a madrugada foi de 136 quilômetros por hora. O Irma, que há poucos dias era o maior furacão já registrado no Atlântico, deverá se transformar em tempestade tropical ao se mover para o norte da Flórida e para o sul da Geórgia.

Durante o fim de semana, os ventos chegaram a 215 quilômetros por hora. O condado mais afetado foi o de Monroe, ao qual pertence o arquipélago de Florida Keys, e uma parte da costa do sudoeste, onde 76% das casas tiveram o fornecimento de energia interrompido. No total, mais de quatro milhões de pessoas ficaram sem eletricidade no estado.

Ao menos quatro mortes foram registradas na Flórida após a chegada do Irma neste domingo. Durante sua passagem pelo Caribe nos dias anteriores, o Irma já havia vitimado ao menos 27 pessoas.

Miami, Tampa, Nápoles e outras cidades na parte mais ao sul da Flórida se tornaram "cidades fantasmas". Escolas, lojas, escritórios públicos e privados, bancos, casas particulares, portos e aeroportos foram fechados.

O litoral de Miami e da ilha de Miami Beach foram fortemente inundados. Os ventos fortes derrubaram dois enormes guindastes de construção, e o mar invadiu as ruas próximas à praia. O aeroporto de Miami será reaberto apenas nesta terça-feira.

Cuba e Haiti

Antes de chegar aos Estados Unidos, o Irma avançou sobre uma série de ilhas no Caribe, como Barbuda, Saint Martin, Ilhas Virgens, Porto Rico, República Dominicana, Cuba e Haiti, deixando um grande número de desabrigados.

No Haiti, milhares de pessoas permanecem alojadas em abrigos. No noroeste do país, a região mais afetada, o furacão deixou um desaparecido e dois feridos, segundo dados oficiais.

A Defesa Civil haitiana pediu que a população se mantenha em alerta, uma vez que as chuvas previstas para os próximos dias poderão agravar a situação. Assim como ocorreu após a passagem do furacão Matthew, em 2016, que deixou 573 mortos e causou grandes danos, estima-se que as perdas nas colheitas deverão ser graves em diversas comunidades haitianas.

Em Cuba, a passagem do furacão castigou Havana, causou inundações, cortes no abastecimento de energia e forçou a evacuação de mais de 1,7 milhão de pessoas, muitas das quais ainda permanecem em abrigos ou casas de familiares aguardando a diminuição do nível das águas. Apesar dos danos na capital, as províncias mais afetas estavam no leste, centro e oeste do país, onde o Irma deixou toneladas de escombros.

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