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França vai às urnas com partido de Macron como favorito

11 jun 2017 - 10h32
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Franceses votam no primeiro turno das eleições legislativas, cruciais para o governo do recém-eleito presidente francês. República em Marcha! deve conquistar maioria absoluta dos 577 assentos da Assembleia Nacional.Os eleitores comparecem às urnas na França neste domingo (11/06) para o primeiro turno das eleições legislativas no país, pouco mais de um mês depois do pleito que elegeu Emmanuel Macron presidente. O movimento político do mandatário, República em Marcha!, é tido como favorito.

Os colégios eleitorais abriram as portas às 8h (horário local) e fecham, em sua maioria, às 20h. Cerca de 47,5 milhões de eleitores devem votar para preencher os 577 assentos da Assembleia Nacional, incluindo 11 que representam franceses no exterior.

No total, concorrem 7.882 candidatos, que devem renovar a câmara baixa do Parlamento, já que mais de 200 deputados no fim do mandato não estão concorrendo à reeleição. A idade média dos candidatos é de 48,5 anos e mais de 42% são mulheres - atualmente, elas representam 26,9% dos deputados, ou 155 de 577, o que já é um recorde no país.

Em cada distrito eleitoral, se nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos no primeiro turno, os dois primeiros colocados seguem para o segundo turno - marcado para o próximo domingo, 18 de junho -, junto a outros candidatos que conquistarem ao menos 12,5% dos votos naquela circunscrição. No segundo turno, vence o mais votado em cada distrito.

As principais pesquisas apontam que o República em Marcha! pode conquistar até 400 assentos do total de 577 da Assembleia Nacional, um número que vai muito além do mínimo de 289 necessários para obter a maioria absoluta. Os Republicanos aparecem em segundo nas projeções, com 95 a 115 cadeiras, seguidos dos socialistas, que elegeriam menos de 40 deputados.

Ainda segundo as pesquisas, o partido Frente Nacional, da populista de direita Marine Le Pen, rival de Macron nas eleições presidenciais, teria dificuldade para conquistar 25 assentos, assim como o esquerdista França Insubmissa.

Se o movimento de Macron conseguir eleger 420 deputados, seria o melhor resultado desde que o partido do ex-presidente Charles de Gaulle (UDR-IR) conquistou 73% dos assentos em 1968. Como prometido durante a campanha presidencial, a lista de candidatos do República em Marcha! é composta por número igual de homens e mulheres e mais da metade vindo da sociedade civil.

"Terceiro turno"

A composição da câmara baixa do Parlamento francês é tão crucial para o andamento do governo que as eleições parlamentares são chamadas pelos franceses de "terceiro turno".

O presidente francês precisa que seu movimento - criado há apenas 14 meses e, por isso, hoje sem nenhum parlamentar - conquiste uma maioria absoluta, para que seja possível promover as reformas prometidas durante a campanha eleitoral, incluindo a modificação da lei trabalhista.

Sem a maioria dos deputados, o que parece difícil de acontecer, dadas as recentes projeções, Macron seria obrigado ainda a aceitar um primeiro-ministro escolhido pela oposição - situação conhecida como coabitação, que não ocorre há 15 anos.

EK/ap/afp/efe/lusa/rtr/ots

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