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Facebook volta a derrubar rede de venda de engajamento após tentativa de reorganização

Empresa tirou do ar mais sete perfis e dois grupos, além dos 72 grupos, 50 perfis e cinco páginas excluídos pela manhã

15 ago 2018 - 20h01
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Depois de remover na manhã desta quarta-feira, 15, uma rede que promovia engajamento falso em postagens, o Facebook voltou à carga e, no final da tarde, anunciou a exclusão de mais sete perfis e dois grupos. Isso ocorreu depois que parte dos integrantes da rede tentaram voltar à plataforma, após a derrubada inicial de 72 grupos, 50 perfis e cinco páginas.

O esquema de "venda de engajamento", revelado em primeira mão pelo Estado, foi detectado pela ONG americana Atlantic Council, que ajuda o Facebook a monitorar comportamento irregular na rede social.

Conforme informações colhidas pelo Estado, o Facebook não permitirá que a rede desmantelada, desenvolvida ao longo de anos, volte a se proliferar. Houve preocupação em evitar que a rede poluísse o debate público no período eleitoral, a exemplo do que ocorreu no México, onde começou a investigação que resultou na derrubada de hoje.

Em novo grupo criado nesta quarta-feira, usuários continuavam a anunciar venda de páginas
Em novo grupo criado nesta quarta-feira, usuários continuavam a anunciar venda de páginas
Foto: Reprodução/Facebook / Estadão

A Digital Forensic Research Lab (DFRLab), braço investigativo do Atlantic Council, produziu, em parceria com o Centro Adrienne Arsht para a América Latina, um relatório que aponta que a rede de amplificação falsa se envolveu na promoção de conteúdo político nas eleições mexicanas. Vários perfis atribuídos a brasileiros apareceram fazendo comentários em espanhol, como se fossem mexicanos. A maioria era contrária ao candidato Andrés Manuel López Obrador, conhecido como AMLO, que acabou vencendo.

Um dos articuladores dos grupos, identificado como Jhonatan Yasser, negou ter recebido pagamentos para impulsionar páginas no Facebook. Ele também afirmou que a empresa apagou as páginas "sem ter provas" de que elas teriam cometido irregularidades.

Estadão
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